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A Praça da Ribeira, no Porto, na noite de São João. Foto: Hugo Cadavez |
Trata-se de uma festa cheia de tradições, das quais se destacam os alhos-porros, usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de limonete), usados pelas mulheres para pôr na cara dos homens que passam, e o lançamento de balões de ar quente. Tradicionalmente, o alho-porro era um símbolo fálico da fertilidade masculina e a erva cidreira dos pelos púbicos femininos.
A partir dos anos 70, foram introduzidos os martelos de plástico que desempenham o mesmo papel do alho-porro, tendo, curiosamente, também um aspecto fálico. Nos anos 70, nas Fontaínhas, vendia-se ainda, na noite de S. João, pão com a forma de um falo com dois testículos, atestando muito claramente as conotações da festa com as antigas festas da fertilidade.
Existem, ainda, os tradicionais saltos sobre as fogueiras espalhadas pela
cidade, normalmente nos bairros mais tradicionais; os vasos de manjericos com
versos populares são uma presença constante nesta grande festa e o tradicional
fogo de artifício à meia-noite, junto ao Rio Douro e à ponte D. Luís I. O fogo
de artifício chega a durar mais de 15 minutos e decorre no meio do rio em
barcos especialmente preparados, sendo acompanhado por música num espetáculo
multimídia.
Além de tudo isto, existem vários arraiais populares por toda a cidade do
Porto especialmente nos bairros das Fontainhas, Miragaia, Massarelos, entre
outros. Nos arraiais, normalmente, existem concertos com diversos cantores
populares acompanhados, quase sempre, por comida, em especial, o cabrito assado
e mais recentemente grelhados de carnes e também sardinhas. A festa dura até às
quatro ou cinco horas da madrugada, quando a maior parte das pessoas regressa a
casa. Os mais resistentes, normalmente os mais jovens, percorrem toda a
marginal desde a Ribeira até à Foz do Douro onde terminam a noite na praia,
aguardando pelo nascer do sol.Foto: Fernando Veludo
Não se conhece com rigor quando teve início a festa do S. João do Porto.
Sabe-se, pelos registros, registros do século XIV, já que Fernão Lopes, por
essa altura se terá deslocado ao Porto para preparar uma visita do Rei, tendo
chegado na véspera do S. João, deixou escrito na Crónica que era um dia em que
se fazia no Porto uma grande festa, descrevendo-a e como era vivida pelas
gentes do Porto.
É, no entanto, possível que essa festa fosse mais antiga, pois existia
uma cantiga da época que dizia até os moiros da moirama festejam o S. João.
Era também no dia de S. João que a Câmara Municipal do Porto se reunia em
Assembleia Magna, que corresponderia à atual Assembleia Municipal, reunião essa
realizada no Claustro do Mosteiro de S. Domingos, pelo seu grande espaço, onde
se procedia à eleição dos Vereadores e onde se tomavam as decisões mais
importantes para a cidade.
Fonte: Wikipédia,
a enciclopédia livre.
Noite de São João no Porto
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