Humberto Pinho da Silva
Quando foi implantado no Brasil, (regime de) cotas para facilitar indivíduos de origem africana a ingressarem no ensino superior – diria raça, se não fosse politicamente incorreto, – ergueram-se muitas vozes discordantes. Uma, foi a minha. Modesta, sim, mas sincera, na imprensa brasileira, portuguesa e noutros países.
Discordei, porque todos somos, ou deveríamos ser,
iguais, seja (pela) cor, etnia, religião ou sexo.
Discordei por que sou contrário a cotas, e se
tiver que haver, devem basear-se apenas no rendimento de cada um ou no agregado
familiar.
Quantas pessoas de cor branca, vivem, no Brasil,
em favelas imundas e debaixo de pontes e viadutos, sem qualquer recato, em
mínimas condições de higiene, mas são, muitas vezes, preteridas, por serem de
cor branca!
Também não sou a favor de cotas para mulheres para
ocuparem cargos políticos, no parlamento, governo e empresas.
Sou contra, porque considero deprimente. As
mulheres devem-se impor pelo mérito, pelo saber e competência, e não pelo sexo.
Depois, quando se vê uma mulher nesses cargos, fica-se na dúvida, se ocupa pela competência ou apenas por ser mulher.
Lamenta-se que nos parlamentos europeus as
mulheres se encontrem em minoria. Não vejo qualquer problema nisso, porque o
bom senso indica, que se deve escolher sempre, para esses cargos, os mais
competentes e não o sexo.
Amigo meu, já falecido, dizia, por graça que tinha
que existir equidade na admissão ao ensino superior, já que há nas Faculdades,
em regra, mais alunas que alunos. Pois não é verdade que em tudo deve haver
igualdade? - concluía.
O que deveria preocupar, não é haver mais mulheres
ou homens, mas sim que os representantes sejam competentes e justos, que cuidem
do bem-estar da comunidade, e não deles.
Deixemo-nos de cotas, de guerra de sexos, e que
homens e mulheres, que ocupam cargos importantes, sejam criaturas honestas,
honradas, justas, e tementes a Deus.
Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, junho
de 2022
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