Sofrendo com a demora do retorno do setor público ao trabalho presencial, a loja da rua Sete de Setembro fechou na semana passada.
Uma das mais antigas lojas da rede de venda de roupas masculinas da marca Richards, fechou suas portas esta semana. A loja fechada fica no Centro do Rio, na Rua Sete de Setembro, no térreo do Edifício Santo Alberto, entre a rua do Carmo e a rua da Quitanda, colada no edifício da Procuradoria Geral do Estado e a metros da Procuradoria do Município.
Certamente afetada pela
inexplicável insistência dos órgãos públicos em manter-se trabalhando na
modalidade que ficou conhecida como home office na cidade,
enquanto a tendência mundial é de retorno ao sistema presencial ou a formas
híbridas com prevalência do presencial para um sem-número de atividades.
Enquanto a maioria das empresas retorna à atividade, a Petrobras, por
exemplo, anunciou que vai ‘reformar’ sua sede na Avenida Chile. Isso,
justamente agora que todos voltam ao trabalho. A reforminha deve durar
até…2024. “O Centro do Rio é altamente dependente do setor público em
suas três esferas”, decreta Wilton Alves, diretor de uma administradora que
gere mais de 3.000 imóveis na região.
As empresas privadas agem um “pouco diferente”. Enquanto Elon Musk disse expressamente que o empregado de suas empresas que quiser continuar trabalhando em home office será demitido e o Google e a Amazon investem bilhões em suas novas sedes físicas, no Brasil não é diferente. Recentemente a empresa de informática Sankhya anunciou o investimento de mais de 10 milhões de reais no seu novo escritório físico no Centro, em 500m2 no edifício da L’Oreal, na avenida Barão de Tefé. O imóvel é alugado.
O CIEE, Centro de
Integração Empresa Escola, acaba de alugar 4.000m2 na rua Teófilo Otoni
123, para uma de suas unidades. A inauguração está prevista para agosto.
Porém, o comércio de rua vem sofrendo com a demora do retorno dos
escritórios, principalmente os governamentais. Além disso, muitos negócios
fechados nos últimos meses ainda não foram inaugurados por estarem em obras.
Uma estimativa dá conta de que mais de 30.000m2 de escritórios já foram
alugados nos últimos 6 meses, e passam por obras ou licenciamentos. Porém, pelo
visto foi demais para a Richards esperar.
História
A marca – que segue existindo
em todo o Brasil -revolucionou a moda masculina no Rio, criando
tendências que saiam do formal. Para Ricardo Ferreira, fundador da
Richards, o objetivo era construir uma loja com atmosfera que afastasse as
pessoas da correria do dia a dia e as conduzisse a um mundo de sensações,
admiração e romance.
A Richards nasceu querendo ser
diferente, renovar o mercado de roupas saturado, oferecendo produtos e serviços
que qualificava de “ricos em emoções”.
Aos poucos, a loja desenvolveu
coleções com roupas leves e descomplicadas. Nada de ostentação de logotipo.
Muito linho amassado, shorts e bermudas coloridos, sapatos confortáveis e eco
bags de lona. E cresceu pelo país todo.
Ricardo Ferreira afirma
que a rede nasceu de forma modesta. “A Richards é uma marca
genuinamente carioca, nasceu em Ipanema, de forma despretensiosa, em 1947”.
O sucesso da marca foi
reconhecido e espalhado por todo Brasil no final da década
de 1990, através do sistema de franquia, a loja
inaugurou uma rede em diversas capitais de todo país.
No que diz respeito ao
marketing, a Richards, prefere investir na distribuição de catálogos e apoiar
eventos que estejam relacionados a viagens e atividades de aventura,
contribuindo com a disseminação dos valores e atitudes da marca.
Um fato curioso é que suas
peças não têm etiquetas externas, fazendo com que o produto seja reconhecido
mesmo pela qualidade e estilo. Sem nunca ter usado terno na vida, preferindo
uma roupa mais livre, casual, fácil de usar, sempre elegante, Ricardo fez do
seu próprio estilo de vida sua marca. Em poucas palavras, RICHARDS significa “sabor
de férias no cotidiano”.
Título e Texto: Redação,
Diário
do Rio, 21-6-2022
Tenho lembrança de poder comprar algumas peças de roupa na primeira loja do BarraShopping... era acessível, diria. Tipo uma "Aviator". Depois, decidiram ser uma loja/marca de luxo.
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