sábado, 11 de junho de 2022

No Rio, vândalos e moradores de rua travam uma batalha contra as lixeiras públicas

Um levantamento feito pela Prefeitura verificou que, em média, entre 500 e 600 laranjinhas são vandalizadas por mês na cidade. Por ano, são repostas 6.600 unidades

Patricia Lima

Chamativas e extremante úteis, assim são as papeleiras espelhadas pela cidade do Rio de Janeiro. Mais conhecidas como laranjinhas, as lixeiras da cidade são alvo constante de vandalismo e ação predatória de moradores de rua, que, ao revirarem as lixeiras procurando produtos recicláveis ou alimentos, muitas vezes as destroem. Nos últimos anos, o aumento da população de rua – que não pode mais ser recolhida das ruas contra sua vontade – foi um grande incrementador da destruição das peças.

Um levantamento feito pela Prefeitura do Rio verificou que, em média, entre 500 e 600 laranjinhas são vandalizadas por mês na cidade. Por ano, o poder público municipal tem que repor 6.600 unidades. E o prejuízo não é pequeno. Quem vandaliza ou furta uma lixeira não se lembra que o dinheiro gasto na manutenção e reposição das unidades é público, ou seja, de todos nós.

Não é incomum que tenhamos que andar com lixo na mão à procura de uma papeleira sem encontrar uma unidade sequer, depois de percorrermos quarteirões. Os mal-educados ou impacientes não pensam duas vezes e jogam o lixo nas calçadas. Não é preciso dizer que perdemos todos com tais atitudes.

O fato é que o vandalismo contra as papeleiras é o pior inimigo do asseio dos bairros do Rio. Em uma operação de reposição das laranjinhas, no ano passado, a Prefeitura, através da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), já reclamava do enorme prejuízo que as ações predatórias causam aos cofres públicos.

“A Companhia lamenta esses atos que causam enorme prejuízo aos cofres públicos e prejudica a população. A durabilidade dos equipamentos é de cerca de cinco anos, desde que recebendo limpeza e manutenção adequadas e sendo bem cuidadas pela população. As papeleiras são destinadas apenas a pequenos resíduos, se receberem lixo domiciliar, caixas e uso de força para inclusão de materiais maiores, a durabilidade cai,” esclareceu o poder público municipal.

Cabe, não apenas ao governo, mas a todo cidadão carioca zelar pelo asseio das ruas da cidade. Não destruir, vandalizar ou furtar as lixeiras públicas já é um bom começo. Nem precisava dizer, não é?

Título e Texto: Patricia Lima, Diário do Rio, 11-6-2022

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