Mandato de presidente vai até o dia 13 de abril de 2023
Alana Gandra
O ex-secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mário Paes de Andrade [foto], tomou posse hoje (28) como Conselheiro de Administração e presidente da Petrobras. O ato interno foi realizado na sede da companhia, no Rio de Janeiro. Andrade foi aprovado para os dois cargos durante reunião realizada ontem (27) pelo conselho e se tornou o quinto titular da companhia no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informou a Petrobras,
o mandato como conselheiro se estenderá até a realização da próxima Assembleia
Geral de Acionistas, ainda sem data agendada, enquanto o mandato de presidente
irá até o dia 13 de abril de 2023.
Paes de Andrade é formado em
comunicação social pela Universidade Paulista, possui pós-graduação em
administração e gestão pela Harvard University e mestrado em administração de
empresas pela Duke University. Segundo a empresa, o novo presidente é
“empreendedor com sucessos comprovados em tecnologia de informação, mercado
imobiliário e agronegócio”.
Na área social, fundou o Instituto Fazer Acontecer, que atende cerca de 4 mil crianças e adolescentes no semiárido baiano através do esporte. Em 2019, assumiu a presidência do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), tornando-se, no ano seguinte, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, onde coordenou a elaboração da reforma administrativa e da Plataforma Gov.br
Representação
A Associação Nacional dos
Petroleiros Minoritários da Petrobras (Anapetro) entrou com representação ontem
(27) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedindo investigação quanto à
legalidade da nomeação de Caio Paes de Andrade como presidente da companhia.
Na avalição do presidente da
Anapetro, Mário Dalzot, o novo presidente não tem experiência nem a formação
necessária para dirigir a Petrobras. Em entrevista à Agência Brasil, Dalzot
disse que "alguém sem a qualificação necessária e sem a experiência necessária,
fica mais passível de influências por parte do governo, coisa que a gente não
precisa para a Petrobras hoje”.
Na representação, os
minoritários apontam "eventuais atos lesivos ao patrimônio da empresa
Petrobras e aos interesses de seus acionistas."
Para os petroleiros, “o Sr.
Caio de Andrade não pode tomar posse como presidente da Petrobras, por não
possuir requisitos legais para tal e, consequentemente, apresentar risco à
companhia e a seus acionistas minoritários”.
Dalzot mencionou também que
não foram cumpridos alguns prazos para a nomeação de Andrade, o que também está
incluído no processo administrativo que servirá de base para o processo
judicial que a Anapetro pretende dar entrada ainda nesta terça-feira.
Em nota, a CVM confirmou o
recebimento da representação, mas afirmou que não comenta casos específicos.
Título e Texto: Alana
Gandra; Edição: Lílian Beraldo – Agência Brasil, 28-6-2022, 14h35
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