Rodrigo Constantino
“O senhor não deve nada à Justiça”, abriu o apresentador William Bonner sua "entrevista" com o ex-presidiário Lula. Não, Bonner! A Justiça é que deve muito ao Brasil por tal malabarismo supremo para soltar e tornar elegível um corrupto desse tipo.
Dali em diante, o que vimos
foi um convescote em que Lula se sentiu muito à vontade para mentir como se
ninguém fosse capaz de apontar suas evidentes falácias.
Lula se sentiu tão confortável
naquele ambiente que se vendeu como o responsável pelo combate à corrupção no
país. Parabéns aos envolvidos por essa grande palhaçada, em especial o ministro
Fachin.
Bonner perguntou quais medidas
Lula tomaria para impedir a corrupção que ocorreu no governo do PT. Piada
pronta! Pergunta idiota! Ele foi o comandante dos esquemas! A única “medida” é
ele não voltar ao poder!
Lula teve a cara de pau de
criar a “tese” de que houve muito escândalo de corrupção em seu governo porque
ele foi muito republicano e transparente. Estamos há quase quatro anos sem
escândalo de corrupção pois Bolsonaro deve ser o verdadeiro bandido que não
deixa nada ser investigado. Rimos ou choramos?
“Essa coisa de a gente ficar
prometendo o que vai fazer antes de a gente ganhar é um erro”, disse Lula,
prometendo surpresas se vencer. O mundo político e midiático não está
acostumado a um presidente que promete e cumpre, como Bolsonaro.
“Todos os economistas dizem
que o próximo governo vai ter que lidar com uma enorme bomba fiscal”, disse
Bonner. Eu, economista, digo que Bonner é um jornalista militante! Todas as
perguntas da dupla embutiam uma crítica velada ao atual governo.
“A Dilma é uma das pessoas por quem tenho o maior respeito pela competência”, disse Lula. Guardemos essa mensagem. Aliás, não vamos esquecer que na campanha Lula disse que Lula era Dilma e Dilma era Lula. Ambos são indissociáveis.
“Você acha que o mensalão, que
tanto falam por aí, se compara a esse orçamento secreto?”, questionou Lula, ao
defender a corrupção de seu governo. Lula se mostrou incomodado pois Bolsonaro
governa com o Congresso eleito. Ele quer mais poder ao Presidente. Inspirado em
Fidel Castro, talvez?
Aliás, somente na última
pergunta a dupla questionou sobre os regimes totalitários comunistas que Lula
sempre defendeu. O petista disse que defende a "autodeterminação dos
povos", ignorando que isso nunca o impediu de criticar duramente governos
de direita em países como os Estados Unidos. É muito fingimento e muita
passividade dos "entrevistadores".
“Feliz era o Brasil quando a
disputa era entre o PT e o PSDB”, disse Lula confessando o teatro das tesouras
e a saudade da hegemonia da esquerda. Para Lula, os tucanos eram apenas
adversários, não inimigos. Ele ignora que mesmo assim o PT sempre demonizou os
primos tucanos, tratados como inimigos mortais e "fascistas", e que
foi ele quem instituiu no país o tribalismo do "nós contra eles".
Com o empurrãozinho de Renata,
Lula tentou se colocar como aquele que mais fez pelo agronegócio no Brasil,
apesar de chamar os ruralistas de "fascistas" e afirmar que são
contra a preservação do meio ambiente. Lula também disse que pretende governar
com o MST, e questionou: “Qual foi a terra produtiva que o MST invadiu?” Basta
uma rápida pesquisa para ver a enorme quantidade, com laboratórios destruídos e
gado assassinado.
Tudo foi um teatro muito
mequetrefe, de péssima qualidade. A mudança de postura em relação ao clima de
debate na sabatina com Bolsonaro salta aos olhos e trai a parcialidade da
emissora. A reação dos eternos esquerdistas foi bizarra. Ricardo Noblat elogiou
como Lula "enfrentou" a questão da corrupção. Leilane Neubarth ficou
emocionada com o "respeito" com que Lula trata as mulheres, ignorando
o caso do "grelo duro". Caetano Veloso "chorou" com o
"arrebatador" Lula. E Reinaldo Azevedo disse que Lula fez uma
"exibição de gala", deixando de lado o país dos petralhas.
Tudo muito surreal, asqueroso,
ridículo. A ala lulista do Brasil não consegue esconder sua alma podre. Os
brasileiros decentes, em maioria, ficaram enojados, com o estômago embrulhado.
A primeira resposta virá no dia 7 de setembro. A segunda, no começo de
outubro...
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 25-8-2022, 23h40
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