Célio Yano
O grupo espanhol Aena Desarollo International arrematou o bloco de 11 aeroportos que inclui Congonhas (SP) no leilão da 7ª rodada de concessões de terminais aéreos realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta quarta-feira (18).
Já responsável pela administração de seis aeroportos no Nordeste – Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PA), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PA) –, a empresa foi a única a apresentar proposta para o bloco, com lance de R$ 2,45 bilhões, um ágio de 231% em relação ao mínimo exigido de R$ 740,13 milhões.
Além de Congonhas, o grupo
passará a administrar pelos próximos 30 anos os aeroportos de Campo Grande
(MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Paraupebas
(PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Montes Claros (MG) e Uberaba (MG).
“Este é um dia muito especial
para a Aena. Estamos muito felizes de estar aqui hoje”, disse a diretora da
Aena, Marian Rublo, na cerimônia de batida de martelo.
O grupo espanhol Aena
Desarollo International arrematou o bloco de 11 aeroportos que inclui Congonhas
(SP) no leilão da 7ª rodada de concessões de terminais aéreos realizado pela
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta quarta-feira (18).
Já responsável pela
administração de seis aeroportos no Nordeste – Recife (PE), Maceió (AL), João
Pessoa (PA), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE) e Campina Grande (PA) –, a
empresa foi a única a apresentar proposta para o bloco, com lance de R$ 2,45
bilhões, um ágio de 231% em relação ao mínimo exigido de R$ 740,13 milhões.
Além de Congonhas, o grupo passará a administrar pelos próximos 30 anos os aeroportos de Campo Grande (MS), Corumbá (MS), Ponta Porã (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Paraupebas (PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Montes Claros (MG) e Uberaba (MG).
“Este é um dia muito especial
para a Aena. Estamos muito felizes de estar aqui hoje”, disse a diretora da
Aena, Marian Rublo, na cerimônia de batida de martelo.
O contrato, ainda a ser
assinado, prevê um investimento total de R$ 5,8 bilhões no conjunto de
terminais ao longo do período. A receita estimada ao longo da concessão é
de R$ 11,6 bilhões.
XP leva Campo de Marte e
Jacarepaguá
Ainda no leilão realizado
nesta quarta pela Anac na sede da B3, em São Paulo, o fundo de investimentos XP
Infra IV FIP-IE, gerido pela XP Asset Management, levou o bloco formado pelos
aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ), voltados à aviação
executiva.
Também único a manifestar
interesse, o fundo arrematou o bloco com a oferta de R$ 141,4 milhões (ágio de
0,01%). O investimento que terá de fazer será de R$ 552 milhões. A receita
estimada ao longo da concessão é de R$ 1,71 bilhão.
Trata-se da estreia do grupo
XP na gestão de aeroportos. “A gente já vem investindo no setor através de
dívida. Agora, finalmente, a gente consegue ser também parceiro operando
aeroportos”, disse Túlio Azevedo Machado, head de infraestrutura da XP Asset.
“Nosso compromisso pelos
próximos 30 anos é prestar, sem dúvidas, um serviço de qualidade, de eficiência
operacional. A gente vai trazer bastante renda e geração de empregos com todos
os investimentos que vamos fazer”, afirmou.
Bloco Norte II fica com consórcio
brasileiro
Já o chamado bloco Norte II,
formado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP), foi disputado por duas
empresas: a francesa Vinci Airports e o consórcio Novo Norte Aeroportos,
formado pela pernambucana Dix Empreendimentos e a paulista Socicam.
Na disputa de lances por viva-voz, saiu vencedora a Novo Norte Aeroportos, que pagará R$ 125 milhões pela concessão (ágio de 119,78% em relação ao lance mínimo de R$ 56,87 milhões). O investimento previsto pelos 30 anos de contrato é de R$ 874 milhões nos dois terminais, e a receita estimada é de R$ 1,93 bilhão.
“Ganhar dos europeus é
difícil, mas neste ano de Copa do Mundo, dá até um ânimo maior para nós
brasileiros”, brincou Vanderlei Galhiego, diretor de Novos Negócios da Socicam.
“Queria dizer para a população
de Belém e de Macapá que podem ter certeza de que vão contar com uma ótima
infraestrutura, com os melhores serviços que poderão ser fornecidos em um curto
prazo de tempo neste novo contrato”, acrescentou.
Juntos, os 15 aeroportos leiloados
nesta quarta responderam por 15,8% do fluxo de passageiros pagos no setor de
transporte aéreo em 2019, o que equivale a mais de 30 milhões de embarques e
desembarques, segundo dados da Anac.
Entre os investimentos
obrigatórios para o vencedor de cada bloco, estão adequações na capacidade de
processamento de passageiros e bagagens, incluindo terminais, estacionamentos e
vias terrestres associadas.
Também são previstas
adaptações de infraestrutura que habilitem os aeroportos a operar, no mínimo,
com uma pista de aproximação de não precisão, sem restrição, nos períodos
noturno e diurno.
“A gente fala muito de
Congonhas, do valor da outorga, da joia da coroa, mas tem muito mais coisa por
trás disso”, disse o diretor-presidente da Anac, Juliano Norman.
“Esses valores que estão aqui
hoje vão para o Fundo Nacional de Aviação Civil e voltam para o setor na forma
de investimento nos aeroportos regionais, apoiando aqueles que estão com os
estados e municípios. Tudo dentro de uma grande estratégia para, de fato, levar
infraestrutura para todos”, explicou.
Segundo ele, o Brasil tem hoje
a segunda maior infraestrutura aeroportuária do mundo, atrás apenas dos Estados
Unidos. “É o único país do mundo que pode se dar ao luxo de dizer que tem
todos os maiores operadores globais de infraestrutura atuando aqui”, afirmou.
Com a estreia da XP no setor, segundo ele, agora são 11 operadores de
aeroportos concedidos no Brasil.
Com a realização da 7ª rodada
de concessão, já são 59 aeroportos concedidos à iniciativa privada desde 2011.
Desses, 49 foram entregues a partir de 2019.
Até o fim do ano, o Ministério
da Infraestrutura espera garantir a contratação de pelo menos mais R$ 100
bilhões em concessões e arrendamentos de ativos de transportes.
Veja como ficou a distribuição
dos aeroportos no leilão realizado nesta quarta:
Bloco Aviação Geral
Vencedor: XP Infra IV Fundo de
Investimentos em Participações em Infraestrutura
Lance: R$ 141,4 milhões
Investimentos previstos: R$
552 milhões
Receita estimada: R$ 1,71 bilhão
Aeroporto Campo de Marte, em
São Paulo (SP)
Aeroporto de Jacarepaguá - Roberto Marinho, no Rio de Janeiro (RJ)
Bloco Norte II
Vencedor: Novo Norte
Aeroportos
Lance: R$ 125 milhões
Investimentos previstos: R$
874 milhões
Receita estimada: R$ 1,93 bilhão
Aeroporto Internacional
Val-de-Cans - Júlio Cezar Ribeiro, em Belém (PA)
Aeroporto Internacional
Alberto Alcolumbre, em Macapá (AP)
Bloco SP/MS/PA/MG
Vencedor: Aena Desarollo
International
Lance: R$ 2,45 bilhões
Investimentos previstos: R$
5,8 bilhões
Receita estimada: R$ 11,6 bilhão
Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo (SP)
Aeroporto de Campo Grande (MS)
Aeroporto de Corumbá (MS)
Aeroporto Internacional de
Ponta Porã (MS)
Aeroporto Maestro Wilson
Fonseca, em Santarém (PA)
Aeroporto João Corrêa da
Rocha, em Marabá (PA)
Aeroporto Carajás, em
Parauapebas (PA)
Aeroporto de Altamira (PA)
Aeroporto Ten. Cel. Aviador
César Bombonato, em Uberlândia (MG)
Aeroporto Mário Ribeiro, em
Montes Claros (MG)
Aeroporto Mario de Almeida
Franco, em Uberaba (MG)
Título e Texto: Célio Yano, Gazeta do Povo, 18-8-2022, 15h45
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-