segunda-feira, 15 de agosto de 2022

[Atualidade em xeque] Dormindo com o inimigo

José Manuel

Uma das melhores frases que já li e que admiro pela sua verdade intrínseca, é título de um livro da escritora, Nancy Price, sendo a base literária para o filme "Sleeping with the enemy", de 1991, com a famosa atriz Julia Roberts.

Uma estória trivial inerente a personagens do cotidiano humano, mas que se adapta muito bem a políticos e governos, é de uma similaridade e inocência que beira as raias do absurdo, principalmente a um observador atento, que prevê facilmente o desfecho de situações recorrentes.

Nas décadas de 70, 80 e 90, viajei muito pelo mundo, principalmente os Estados Unidos, onde tudo de bom tinha o selo "made in USA", ou, na Europa, o "made in France" ou o "made in UK", e realmente nos acostumamos com o visual e a qualidade daqueles produtos com aqueles selos estampados.

No final da década de 70 e primórdios da de 80, isso reverteu drasticamente com a mudança repentina dos ditos selos com as novas referências "made in China", "made in Japan” ou ainda muitos deles, "made in Korea".

Aquilo, aquela mudança repentina, era o início desastroso de algo chamado de globalização, com milhares de empresas do mundo ocidental e desenvolvido se transferindo para essas novas praças comerciais, em busca de lucro fácil, com a mão de obra baratíssima ocasionada pela pobreza daquelas áreas na Ásia.

Inclusive no Brasil ocorreu esse fenômeno de transferência de conhecimento e abandono de mão de obra local, no início da década de 90, ocasionando um sem-número de problemas aqui, principalmente o desemprego.

Ou seja, os inteligentes do mundo, criaram empregos para os inimigos e abandonaram os gentios à própria sorte. 

No filme citado, a personagem Laura se casa e se entrega totalmente ao marido sedutor Martin Burney, achando que seria o melhor marido do mundo, para tempos depois descobrir que a violência era a sua principal característica.

Os asiáticos são o marido da Laura e, dependendo de princípios culturais ou filosofias políticas, podem também ser violentos ou sem escrúpulos.  Assim foi o Japão nas décadas de 30/40, assim é a China hoje sujeita a um partido comunista castrador e ditadura feroz, e o povo sujeito na maioria das vezes a trabalho escravo, por isso mão de obra baratíssima e atraente, uma armadilha perfeita.

O ocidente transformou essas culturas, em "Tigres Asiáticos", em detrimento de sua própria área de influência transformando por exemplo em apenas cinco décadas a China, que hoje em dia é a segunda potência comercial e militar do planeta.

Na Rússia, milhares de empresas ocidentais também foram atraídas pelo lucro fácil, pelo papo furado da glasnost do Gorbachev e os exemplos estão aí para serem vistos pós invasão criminosa, e genocida da Ucrânia.

A Europa que viveu amedrontada por décadas pelas mentiras soviéticas, se amantizou placidamente com o Kremlin, se tornando dependente e subserviente de um país que hoje ela própria considera terrorista.

Isso chama--se "dormir com o inimigo“, e por esta irresponsabilidade vão pagar muito caro a futuro.

O Brasil, desde o fim do regime militar, que tinha acabado com o inimigo, voltou a dormir com vários pós a chamada redemocratização chegando a dormir com um deles por dezesseis anos consecutivos e não se autodestruiu por milagre.

Nos casos asiáticos, e a própria Rússia, é muito fácil de prever o que acontecerá com as próximas décadas conturbadas, gerando grandes problemas e fome no mundo, quiçá um artefato nuclear pipocando por aquelas áreas, por que amantes traídos nos seus sonhos ilusórios de poder são capazes de tudo e mais alguma coisa. A ver!

O Brasil anda flertando de novo com um amante antigo, e esperemos que as suas noites não se tornem acompanhadas de novo, pelo inimigo mais do que conhecido.

Esta semana fiquei alarmado ao ler as respostas, pelo baixo nível intelectual, desconhecimento e torcida organizada vermelha, num artigo sobre a Ucrânia invadida. Ao que tudo indica, nomes como

"Holodomor", "Holocausto", além de desconhecidos, para esses "experts" devem ser apenas nomes de jogadores do Flamengo ou Corinthians.

Preocupante!

Título e Texto: José Manuel, 15-8-2022

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O Aerus, a Aprus e a Ucrânia 
Glória à Ucrânia 
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De genocídio a vergonhas diplomáticas. 

Um comentário:

  1. JM admiro suas convicções. Eu me considero uma mistura de patriota e nacionalista, apesar de ser antissocial mas detesto assistencialismo. Sua lembrança de dormindo com o inimigo é similar de trabalhando com o inimigo. A VARIG foi fundada por um homem que tentava ser igual Robert Owen e sua maravilhosa New Harmony. A coletividade trabalhando para a coletividade. Infelizmente seus empregados destruíram o sonho de Robert Owen e a coletividade. Assim funcionários corruptos fizeram-no com a pioneira. Não há um diretor da VARIG processado até hoje.
    O Jusbrasil encontrou 2.442 processos de Fundação Ruben Berta nos Diários Oficiais, mas que dirigia era um colégio de funcionários, ou seja, trabalhamos com os inimigos.

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