Haroldo Barboza
Por mais de duas décadas as capitais
(principalmente) estão vendo o alastramento da violência urbana. Desde meros
furtos de objetos diversos (carteiras, celulares, bijuterias, equipamentos
caseiros) até a explosões de agências bancárias. Inclusive com civis sendo
colocados nos tetos de carros em fuga (Ourinhos/SP - maio/2020) para impedir
tiros de policiais sobre estes.
O deboche sobre o poder público chega
ao ponto de grupos criminosos colocarem barricadas em diversas ruas (nos
bairros onde faltam escolas, hospitais, segurança) para não serem surpreendidos
por incursões (sem planejamento) policiais.
O Rio de Janeiro parece ser o Estado
com maior incidência destas mazelas.
Os governantes não manifestam nenhuma
iniciativa para colocar a criminalidade em níveis compatíveis com os impostos
que são pagos aos gestores por seus eleitores (que os recolocam nos cargos
apesar das suspeitas atitudes em relação a tais fatos) incapazes de montar
estratégias para mudar tal cenário.
A população pobre destes bairros agonizantes, ainda sofre “bi-tributação”, pois precisa adquirir “serviços” com os “chefes” que dominam estas áreas abandonadas pelo Estado, que só é eficaz para enviar o carnê do IPTU a cada residência e atualizar salários de Legisladores e Judiciário.
Agora em 1º de março, uma emissora de TV exibiu vídeo mostrando bala de fuzil que entrou em apartamento do 9º andar na Rua Jacarandás, condomínio Saint Barth, Península (Barra da Tijuca).
Como na região mais valorizada da
cidade residem artistas, atletas consagrados, juízes e ricos empresários,
talvez eles compreendam que as lamúrias dos mais necessitados (que residem nas
linhas de tiroteios diários) são verdadeiros alertas para que se cocem para
exigir que a escalada da violência seja contida antes que isto aqui se torne
uma filial do Haiti, da Venezuela ou México.
Ou acreditam que seus herdeiros são
dotados de pele à prova de bala?
Título e Texto: Haroldo P. Barboza – Vila Isabel/RJ – março 2023
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