Haroldo Barboza
Não bastassem os gastos
monumentais com Câmara dos “defuntados”, “sentadores” e “esse-tem-efe”), em
torno de (R$) 6 BI, 5 BI e 0,75 BI por ano (*), eis que vamos patrocinar mais
14 “mi(ni)stérios” a partir deste ano. Custo que deve chegar a 100 BI (por baixo)
para manter ativas as estruturas quase inúteis que abrigam “doutos” e “aspones”
que só trabalham nas eleições, em busca de votos para seus generosos padrinhos
(com quem racham seus salários). Claro que os mais hábeis na montagem de
“esquemas” ficarão com os melhores cargos.
(*) = Gazeta do Povo - dez/2022
Dos valores citados acima, mais de 60% são
para pagar mordomias dos “doutos” que embromam 3 vezes por semana nos suntuosos
palacetes, bolando planos (chamam de “leis”) para novos ganhos e brechas
(“atenuantes”) para escapulirem das prisões quando (por ineficácia de algum
“aspone”) forem delatados por um investigador que ainda carrega leve resquício
de patriotismo.
Além deste desperdício de investimentos, ainda
temos de arcar com o prejuízo dos contratos “licitados” com amigos destes
bandos. Perda de recursos que refletem na baixa qualidade da Educação, Saúde,
Segurança e outras áreas sociais carentes. Sem que nenhum “amigo ou partidário”
vá para a cadeia. E se tal acontecer, ao ser “condenado” na 2ª instância, um
juiz “comovido com a injustiça” tratará de emitir documento de soltura.
Para manter o texto curto, só citamos parte da área federal. Faça um exercício rápido, incluindo 27 estados e mais de 5000 municípios e você verá que o “custo-brasil” deve ser quase 20 vezes maior. Isto explica por que quase 50% do que ganhamos trabalhando (e mantendo o país em pé) serve para sustentar a corja que quase nada produz de útil à sociedade.
Claro que existem 30 ou 40
exceções. Mas a mídia pesada nacional é orientada a não dar espaço a estes
modelos que usam nossas divisas com eficácia. Tais Prefeitos (além de 2 ou 3
Governadores) jamais serão indicados por seus partidos a concorrerem ao cargo
máximo da nação.
Nós, os pagadores destas
orgias, infelizmente não sabemos organizar estruturas de combates (faltam
líderes de crédito na rede virtual) a estes desmandos e continuamos cortando
recursos domésticos para patrocinar as alegrias das quadrilhas das canetas. Nas
horas vagas, piorando o “LER” manual, buscamos imagens no WA onde algum(a)
artista se “distraiu” exibindo as partes íntimas numa praia “deserta”. Tal
“tesouro cultural” recebe milhares de “likes” em menos de uma hora.
Basta que os mandatários
promovam algum festejo extra (música e esporte) para que nossa indignação se
acomode e continue hipnotizada pelas falácias que anunciam nossa chegada ao 1º
mundo em “breve”.
Eles não são tolos de
fixarem datas.
Nossa sociedade é um
colosso. Sobrevive no fundo do poço.
Título e Texto: Haroldo
Barboza, janeiro 2023
[Foco no fosso] Despedida
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