sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

[Foco no fosso] Despedida

Haroldo Barboza

Desde os primórdios a população brasileira foi acostumada a ...

- votar nos mesmos com as mesmas promessas;

- pagar altos IPTUs que deveriam cobrir manutenção em municípios que não possuem iluminação, placas, coleta de esgotos e ralos entupidos;

- pagar IPVA para transitar com nossos carros em vias inadequadas com sinalização deficiente nas estradas e com acostamentos cheios de capim;

- utilizar hospitais sem medicamentos básicos, frequentar escolas com janelas e carteiras quebradas, ser atendido por repartições públicas que não fornecem orientações básicas e criam burocracias para nos tomar mais dinheiro e servir de cabide de emprego para os asseclas dos que se elegem visando apenas seus próprios ganhos;

- pagar altas tarifas por transportes coletivos apinhados, sem refrigeração, sem manutenção com altos riscos de acidentes fatais;

comprar produtos cujas embalagens indicam um quilo e na verdade possuem 950g no seu interior;

- usar a mídia virtual a favor apenas do entretenimento de baixo nível; jamais por programas culturais de alta qualidade ou sítios para reunir planejadores que possuem potencial para levantar a nação;

- correr atrás de trio elétrico e passar longe de locais onde se prega valores morais e familiares;

- perder nossos jovens que despontam em suas carreiras científicas que são levados para o exterior enquanto continuamos sem evolução dentro da nossa produção e com isto somos mantidos eternos dependentes de produtos estrangeiros;

- observar que nossas riquezas naturais são loteadas entre entidades estrangeiras disfarçadas de generosas ongs que simulam suporte aos nossos necessitados, mas na verdade estão mapeando nossas minas.

Além disso e muito mais que não cabe aqui, lentamente fomos anestesiados para nos tornarmos eternos escravos que não possuem raciocínio adequado para se juntarem em movimento pacífico para criar uma cruzada de recuperação de nossa dignidade.

Pelo cenário sombrio que se descortina aos nossos olhos, com um mínimo de esforço percebemos que dentro de vinte ou trinta anos poderemos chegar a uma guerra civil com consequências trágicas para nossos herdeiros.

Como esta prosa e outras centenas já publicadas não foram capazes de comover pessoas lúcidas e honestas para liderarem uma cruzada cívica para nossa real independência, não há por que perder mais tempo editando alertas que mais parecem lamentos pessimistas. Dos meus quase 800 leitores (em 5 sites), menos de 3% se manifestaram “parceiros” nas ideias aqui lançadas. Tomara que formadores de opinião de alta qualidade consigam maior sucesso numa empreitada de tal porte.

Rezemos (nem isso fazemos bem) para que um grupo (servem ETs) consiga criar um catalizador que possa agregar a parte boa (enorme) de nossa sociedade para combater os pilantras (poucos, mas convincentes) que estão esgarçando a qualidade de nossa população com requinte de maldades.

Se o paraíso existe, que um dia possamos nos reunir por lá.

Adeus.

Grato pelo espaço que pude ocupar ao lado do "cão" nestes últimos anos.

Título e Texto: Haroldo Barboza, 4-02-2022

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