sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

[Foco no fosso] Um trimestre por pleito

Haroldo Barboza

Por méritos da Natureza, o RJ é contemplado com dezenas de qualidades que fomentam o turismo. Do clima à variedade de frutas. Da diversidade de atrativos disponíveis à hospitalidade da maior parte da população. Um cardápio deslumbrante capaz de encobrir as mazelas governamentais que geram deficiências nas áreas sociais cotidianas.

E por possuir tal atrativo sem custos do tipo a construir uma Disneylândia, poderia gerar milhares de postos de trabalho e produzir novos impostos (grande parte para sustentar as mordomias dos gerentes populares) para reduzir as demandas dolorosas que se avolumam por décadas.

Entre dezenas de ideias, esta é uma que poderia ser refinada e aplicada em curto tempo. Técnicos capacitados não faltam. Faltam oportunidades e boa vontade para alavancar uma política humana de crescimento, de tal forma que o povo sinta orgulho em produzir algo desejado por nossos visitantes.

No alto de cada comunidade elevada, criar uma área plana (mirante) cujas dimensões podem variar entre 1 000 m² e 10 000m². Aparelhadas com banheiros químicos, caixas d'água, palcos de 15 m², box para produção e venda de comestíveis, bebidas, lembranças da cidade e algo mais, atrairiam milhares de turistas para apreciarem as belas vistas que tais posições oferecem. Até em poucos dias de chuvas moderadas, haveria frequência suficiente para custear o funcionamento.

Mesmo em regiões onde a vista para o litoral não seja possível, existe o interesse de se observar a cidade do alto.

Em dias da semana, tais espaços poderiam ser revertidos para competições escolares de ping-pong, bocha, skate e feiras de pequeno porte em ocasiões cívicas tradicionais (páscoa, festas juninas, similares).  

Calcule por baixo quantos moradores de tais localidades teriam meios de obterem renda familiar sem ter de sair pela cidade em viagens estafantes em busca de empregos sacrificantes.

A implantação de tais mirantes acarretaria melhoras naturais nas regiões. Maior limpeza para não espantar clientes, escolas para preparar pessoas para bom atendimento, técnicos em serviços gerais, vans para transporte regular, similares).

Em menos de três anos outras regiões de mesmo nível estariam proliferando tal “produto” e nossa economia teria ótima melhora no gráfico.

Dezenas de investidores seriam atraídos para tal modelo lucrativo.

Mas as autoridades que deveriam estar constantemente planejando medidas evolutivas para aumentar a qualidade de vida das pessoas e da cidade, preferem ficar ociosas em seus gabinetes refrigerados arquitetando formas maldosas de sugar mais impostos da população já extenuada até o neurônio mais distante de seu cérebro impedido de vislumbrar formas dignas de sobreviver num ambiente que só é lembrado no trimestre que antecede as eleições.

Título e Texto: Haroldo Barboza, 3-12-2021

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