Haroldo Barboza
Por méritos da Natureza, o
RJ é contemplado com dezenas de qualidades que fomentam o turismo. Do clima à
variedade de frutas. Da diversidade de atrativos disponíveis à hospitalidade da
maior parte da população. Um cardápio deslumbrante capaz de encobrir as mazelas
governamentais que geram deficiências nas áreas sociais cotidianas.
E por possuir tal atrativo
sem custos do tipo a construir uma Disneylândia, poderia gerar milhares de
postos de trabalho e produzir novos impostos (grande parte para sustentar as
mordomias dos gerentes populares) para reduzir as demandas dolorosas que se
avolumam por décadas.
Entre dezenas de ideias,
esta é uma que poderia ser refinada e aplicada em curto tempo. Técnicos
capacitados não faltam. Faltam oportunidades e boa vontade para alavancar uma
política humana de crescimento, de tal forma que o povo sinta orgulho em
produzir algo desejado por nossos visitantes.
No alto de cada comunidade
elevada, criar uma área plana (mirante) cujas dimensões podem variar entre 1 000
m² e 10 000m². Aparelhadas com banheiros químicos, caixas d'água, palcos de 15
m², box para produção e venda de comestíveis, bebidas, lembranças da cidade e
algo mais, atrairiam milhares de turistas para apreciarem as belas vistas que
tais posições oferecem. Até em poucos dias de chuvas moderadas, haveria
frequência suficiente para custear o funcionamento.
Mesmo em regiões onde a
vista para o litoral não seja possível, existe o interesse de se observar a
cidade do alto.
Em dias da semana, tais
espaços poderiam ser revertidos para competições escolares de ping-pong, bocha,
skate e feiras de pequeno porte em ocasiões cívicas tradicionais (páscoa,
festas juninas, similares).
Calcule por baixo quantos moradores de tais localidades teriam meios de obterem renda familiar sem ter de sair pela cidade em viagens estafantes em busca de empregos sacrificantes.
A implantação de tais
mirantes acarretaria melhoras naturais nas regiões. Maior limpeza para não
espantar clientes, escolas para preparar pessoas para bom atendimento, técnicos
em serviços gerais, vans para transporte regular, similares).
Em menos de três anos outras
regiões de mesmo nível estariam proliferando tal “produto” e nossa economia
teria ótima melhora no gráfico.
Dezenas de investidores
seriam atraídos para tal modelo lucrativo.
Mas as autoridades que
deveriam estar constantemente planejando medidas evolutivas para aumentar a
qualidade de vida das pessoas e da cidade, preferem ficar ociosas em seus
gabinetes refrigerados arquitetando formas maldosas de sugar mais impostos da
população já extenuada até o neurônio mais distante de seu cérebro impedido de vislumbrar
formas dignas de sobreviver num ambiente que só é lembrado no trimestre que
antecede as eleições.
Título e Texto: Haroldo
Barboza, 3-12-2021
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