Aparecido Raimundo de Souza
No albor das minhas faculdades
mentais, igualmente firme e seguro da consciência em perfeita sintonia com a
realidade, me considero, por conta disso, firmemente situado no tempo e no
espaço. Concluo que qualquer coisa ou juízo em contrário ao que a oração
personifica, estaria fora dos propósitos.
Por outro prisma, se não quisesse
ver, de frente, cara a cara, a verdade, eu simplesmente deixaria pra lá. Por
isso, tiro por mim, pela minha experiência: “Vou morrer e não verei tudo.” E
por que não verei tudo? — Porque ao meu redor, gravitam figuras as mais
diversas.
Criaturas sorumbáticas que, levadas
pelas maneiras como agem, as rotulariam sem pensar duas vezes, de nojentas,
asquerosas, repugnantes, desprezíveis, ignóbeis, imundas, podres e sem noção,
destituídas, pois, do senso prático: portanto, completando, esquisitamente fora
da realidade do chão que pisam.
A cada dia, surgem ao meu redor,
personagens os mais diversos, figurantes que fazem coisas inacreditáveis e
creio, deveriam estar purgando seus pecados nos quintos do inferno.
Protagonistas que se prestam a ser grossas e vazias. Entendo, que essa galera à
margem da sociedade, é um bando de achamorrados e maçantes, bem ainda uma súcia
de desabilitados e obstinados, sem um mínimo de coerência.
Essas aberrações, vamos colocar dessa forma, essas aberrações se acham superiores, se vangloriam altaneiras e privilegiadas: de igual forma, magnânimas e próceras. Puro engano! Por serem ocas por dentro, vazias de carências afetivas, esses desprezíveis, não vão além de um engodo, de uma figura-tendencial mal construída, falsificada e inexistente. Em resumo: esses lixos, esses vermes não sabem o que é calor humano.
São seres alienígenas que nasceram
em outra galáxia. Normais na aparência, mas, se vistas pela ótica do bem comum,
chegaremos a triste conclusão que não passam de uma turma imensa de mutilados,
de vidas pelas metades. Uma confusa babel de sonhos incompletos, portadores de
deficiências; cânceres incuráveis. Enfim, resumindo, criaturas que carregam,
dentro de si, uma série de malefícios.
Perspectivas vazias de sentimentos
mortos, que atonam como um mantra imbecilizado. Essas pessoas robotizadas vão
além. Chegam a pensar e agem como se fossem poderosas, e pior, se acham acima
dos desígnios de Deus. Todavia, não passam de nômades. Pequenos grãos
espalhados pelas ruas e avenidas... como poeiras.
Basta um vento... um vento e tudo
voa e some e se desintegra. Se desfazem e se transformam em nada, em sujeiras e
porcarias. Se transfazem em coisa alguma
nas raias comuns do esquecimento.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de Vila Velha, Espírito Santo., 21-12-2021
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