Haroldo Barboza
Até o final da
adolescência ainda é possível acreditar que no Natal as pessoas se “humanizam”
e passam a praticar com convicção as promessas registradas em qualquer lugar.
Desde jantares em família até grupos na rede virtual.
Nota: não contabilizar
promessas de campanhas eleitorais. Estas são sempre as mesmas e quando sobra
“algum” dos desvios regulares de verbas, parte delas são cumpridas.
Depois dos 15 anos,
começamos a desconfiar que as declarações que começam por ”Prometo blá-blá-blá
...” não passam de ilações produzidas sob o efeito de bebidas ou por falsos
cordeiros que pretendem encobrir suas atitudes danosas e obter “perdão”
celestial por suas proezas maléficas.
A pequena parcela da população
que realmente age de forma solidária (talvez menos de 0,0001% de nossos
habitantes) com nossos semelhantes, nem anuncia seus futuros atos. Simplesmente
realizam o que seus recursos permitem e sentem-se presenteados por verem a
alegria nas faces dos necessitados abandonados pela sociedade consumidora e
acomodada diante de desafios para mudar o cenário de penúria que se alastra em
nosso entorno e acabará nos atingindo com alta gravidade (letalidade) em menos
de 25 anos.
As névoas de confraternização que ainda nos encobrem nesta data são menos por fruto de recados de líderes religiosos - os templos cada dia esvaziam mais com a poderosa implantação da regra do “politicamente correto” que objetiva o enfraquecimento dos conceitos morais e familiares. O pouco que ainda nos comove fica por conta das propagandas comerciais que precisam alavancar vendas mais altas dentro de nosso cenário de queda acentuada do poder de sustento.
Estamos num momento em que
não basta prometer. Nem tampouco aguardar milagres celestiais para elevar nossa
qualidade de vida. O momento é de “fazer algo” sem esperar apoio público. Temos
criatividade de sobra para elaborar projetos que serão considerados “presentes”
úteis pelos esfarrapados sociais. Qualquer mobilização conduzida por um grupo
livre de vaidades, dará certo e servirá de exemplo para despertar a
solidariedade humana que reside em cada um de nós, mas está acorrentada a
conceitos danosos criados pelos vampiros que sugam nossas forças e nos impedem
de cultivar a paz. Estão até mudando o gênero de tradicionais super-heróis!
Que o Natal de 2021 nos
sirva de catalizador que alimente o lançamento da nave que busca a forma de
amenizar a pobreza (material e espiritual) que se alastra em nossas almas e
ameaça “concretar” nossos corações para sempre.
Se tal acontecer, o trenó
de Papai Noel passará a ser puxado por drones, tendo em vista que o
“politicamente correto” defenderá que as “sacrificadas” renas estão sendo
escravizadas e devem ser aposentadas para obterem “liberdade”.
Título e Texto: Haroldo
Barboza, dezembro de 2021
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