quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Boeing e Airbus alertam EUA sobre problemas de segurança aérea com 5G

Ondas de rádio usadas nos telefones celulares de nova geração podem interferir em altímetros de aeronaves e afetar pousos

Executivos da Boeing e da Airbus enviaram uma carta para o governo dos Estados Unidos pedindo que o lançamento das redes de internet móvel 5G seja adiado no país. Eles apontaram problemas de segurança aérea gerados pelo 5G.

Assim, as empresas disseram que a nova tecnologia pode gerar “um enorme impacto negativo na indústria da aviação”.

Por isso, a preocupação é que as ondas que permitem a comunicação entre celulares e torres afetem alguns sistemas eletrônicos dos aviões.

As ondas do 5G afetam o altímetro dos aviões, que permite aos pilotos pousarem mesmo em condições ruins de visibilidade. Os altímetros e os celulares usam tipos de ondas de rádio para funcionar.

Mas, o lançamento do novo sistema 5G nos Estados Unidos está marcado para o dia 5 de janeiro. As empresas AT&T e Verizon estão fazendo a implantação.

“A interferência 5G pode afetar de forma adversa a habilidade do avião operar de forma segura”, afirmaram os chefes da Boeing e da Airbus, Dave Calhoun, e Jeffrey Knittel.

Assim, eles enviaram a carta para o secretário de transportes dos Estados Unidos Pete Buttigieg.

A interferência pode afetar centenas de milhares de voos anualmente, causando atrasos ou fazendo voos serem desviados.

Problemas de segurança aérea com 5G podem ser mitigados

Assim, os executivos das fabricantes de aviões sugeriram que a potência do 5G perto dos aeroportos seja diminuída.

Por isso, eles pediram ao governo do presidente Joe Biden que trabalhe com a Comissão Federal de Comunicações para implementar esse plano.

Além disso, os empresários afirmaram que a chegada do 5G pode prejudicar ainda mais o setor aéreo, que vem tentando se recuperar dos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19.

Mas, na carta, as empresas citaram uma pesquisa do grupo empresarial Companhias Aéreas pela América.

Por isso, segundo ela, se as regras de aviação que serão necessárias para operar com a existência do 5G estivessem em vigor, em 2019 teriam causado atrasos em 345 mil voos de passageiros e 5.400 voos de carga.

Título e Texto: Redação, revista Oeste, 21-12-2021, 20h50

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