Petistas e aliados fizeram ataques
ostensivos ao presidente do Banco Central
Redação Oeste
Os ataques que vinham sendo feitos desde o começo do governo por Lula e seus aliados contra o presidente do Banco Central (BC) se tornaram, agora, ostensivos. Na segunda-feira 13, em um ato no Rio de Janeiro contra a elevada taxa de juros, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann [foto], não mediu as palavras e pediu claramente a saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC, cargo no qual tem estabilidade até 2024.
“Eu acho que o Roberto Campos
Neto tinha de ter decência, vergonha na cara, pegar o boné dele e ir embora, e
deixar a presidência do Banco Central”, Gleisi, deputada federal pelo Paraná.
Um vídeo com o discurso da petista foi publicado nas redes sociais.
Gleisi Hoffmann no ato por juros baixos do BC no Rio de Janeiro https://t.co/VLHEsXVGch
— Segadas Vianna (@Segadas_Vianna) March 14, 2023
O ato, contra o presidente do BC, foi convocado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e teve adesão também dos deputados Guilherme Boulos (Psol-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Reimont (PT-RJ), Tarcísio Motta (Psol-RJ) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).
Como o governo não tem maioria
no Senado para tentar retirar Campos Neto do cargo, usando um artigo da Lei Complementar 179/2021, que
concedeu autonomia real ao BC, a decisão política foi desestabilizar Campos
Neto pedindo que ele renuncie.
Salvo por pedido, doença
incapacitante ou condenação criminal ou por improbidade administrativa, o
presidente do BC não pode ser demitido pelo presidente da República. A única
maneira seria apresentar “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para
o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil” e, neste caso, o Senado
teria de chancelar a proposta de exoneração.
“Pode ser que não tenhamos
hoje (maioria). Política muda. Agora, se nada fizermos, aí é que não vamos ter
mesmo, não é mesmo? Nós temos de fazer o movimento, nós temos de fazer essa
organização”, disse Gleisi, no ato público. A deputada petista também declarou
que o mandato do presidente do BC tinha de ser coincidente com o mandato do
presidente da República. “O embate com o Campos Neto é político, não é
econômico. Ele representa um projeto que não foi eleito nas urnas. Ele não
podia estar onde ele está.”
Outros políticos presentes no
ato apoiaram as palavras de Gleisi e também se manifestaram pelo fim da
autonomia do Banco Central.
Título e Texto: Redação,
Revista Oeste, 14-3-2023, 8h45
Autonomia do Banco Central impediu que o Brasil virasse a Argentina, diz senador
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