Eric Balbinus de Abreu
As coisas estão acontecendo
muito rápido no Escândalo da exclusão arbitrária de páginas e perfis pelo
Facebook. Os últimos acontecimentos deixam claro que há um conluio entre gente
grande que pretende de alguma forma interferir nos resultados da eleição. Uma
das provas disso foi documentada pelo portal BR18, do Estadão. A nota é assinada pela jornalista
Vera Magalhães.
![]() |
João Carlos Rocha e Luis Fux |
Ele disse no Twitter que a ação assegura o cumprimento dos compromissos estabelecidos junto ao TSE. O perfil oficial do tribunal curtiu a publicação do procurador. Movimentos atingidos pela ação do Facebook se queixam, entre outras coisas, de o TSE ter colocado em sigilo as atas de reuniões que trataram de fakenews. / V.M.
Vejam só: o procurador-geral
que curtiu a informação e que está defendendo a censura em seu Twitter é o
mesmo que assessorava o nebuloso Rodrigo Janot quando este atuava como déspota
pouco esclarecido no comando da Procuradoria Geral da República. A informação
consta inclusive no perfil do sujeito no Linkedin.
Não é a única pegada deixada
pelos canalhas. O perfil do Tribunal Superior Eleitoral curtiu o tweet. Notem
que não há problema algum na manifestação do procurador, que tem garantindo a
liberdade de expressão. Quem não tem liberdade de expressão é o perfil do TSE,
que deveria apenas reportar fatos sem indicar qualquer preferência política,
partidária ou ideológica.
Claro, o TSE atualmente é
presidido por Luiz Fux. O homem que já custou mais de R$ 5 Bilhões. Sim, ele é
o principal defensor do imoral auxílio-moradia para juízes e desembargadores.
Lembrando que ele tem uma filha e a própria esposa ocupando estes cargos.
Pode-se até dizer que a luta do ministro Fux por estes benefícios é uma luta em
causa própria - assim como foi em causa própria que ele fez o que pode para
convencer o governador Luiz Fernando Pezão a nomear sua jovem filha para o
cargo de desembargadora no Estado do Rio de Janeiro.
O ministro Fux passou a se preocupar
com as tais "fake news" quando se tornou alvo da ira santa das redes
sociais após seus conchavos se tornarem públicos. Ali o ministro passou a
brigar com a liberdade de expressão, inclusive blefando a respeito do poder da
anacrônica e exótica corte da qual faz parte por extensão. Segundo declarações
do ministro, as "fake news" poderiam render penas como multa e
cadeia, além da possibilidade de se anular uma eleição. Ora, que meios
garantiriam a conclusão honesta e objetiva de que determinado candidato só
venceu um pleito com a ajuda de fake news? Ou melhor: que trecho da Legislação
determina estas coisas?
Aliás, recentemente houve uma
audiência entre membros do TSE com as tais agências de checagem e executivos do
Facebook. As atas do encontro foram colocadas em sigilo, contrariando tudo o
que a legislação brasileira garante em termos de transparência. Suspeito ou
óbvio?
São questões que restam
pendentes, mas que juntas formam um retrato assustador do que acontece nas
instituições brasileiras. Temos verdadeiros gangsteres atuando nas altas
esferas do poder, gente utilizando a máquina pública para enfraquecer as
instituições e degolar a democracia da mesma forma truculenta com que o
Facebook retira do ar páginas e perfis enquanto acusa cidadãos brasileiros de
diversos crimes sem apresentar uma única prova ou denúncia.
Título, Imagens e Texto: Eric Balbinus de Abreu, O
Reacionário, 28-7-2018
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-