Rodrigo Constantino
O Facebook retirou do ar nesta quarta-feira uma rede de páginas e contas usadas para divulgação de notícias falsas por membros do grupo ativista de extrema-direita Movimento Brasil Livre (MBL), disseram fontes à Reuters, como parte dos esforços para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro.
O Facebook disse em um comunicado
que desativou 196 páginas e 87 contas no Brasil por sua participação em “uma
rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e
escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de
gerar divisão e espalhar desinformação”.
As fontes, que falaram sob condição
de anonimato, disseram que a rede era administrada por membros importantes do
MBL. O grupo ganhou destaque ao liderar protestos em 2016pelo impeachment da
então presidente Dilma Roussefff com um estilo agressivo de política online que
ajudou a polarizar o debate no Brasil.
As páginas desativadas, que juntas
tinham mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas
a temas políticos, com uma abordagem claramente conservadora, com nomes como
Jornalivre e O Diário Nacional, de acordo com as fontes.
Atentai para o MBL sendo
chamado de “extrema-direita” pela Reuters. Isso já diz tudo sobre o viés
ideológico da turma.
Em qualquer outra época isso
seria chamado pelo que é: CENSURA. O viés esquerdista da perseguição é mais do
que evidente: não se sabe de páginas “progressistas” derrubadas. Por outro
lado, até a página Brasil 200, do movimento iniciado pelo empresário Flavio
Rocha, foi retirada do ar. Os proprietários não receberam maiores informações
sobre os motivos.
É caça às “bruxas” mesmo,
sendo que bruxas, no caso, são todas as páginas mais liberais ou conservadoras.
O Facebook, claramente “progressista”, está sob intensa pressão de seus pares
após a vitória de Trump. A justificativa é combater às “Fake News”, mas a
realidade é perseguir e censurar a direita. Até porque mais Fake News do que a
mídia mainstream é difícil encontrar.
Semana passada vimos um
“Profissão Repórter” sobre Fake News, com forte viés “progressista” e importantes
trechos da entrevista com Luciano Ayan deixados de fora, onde ele mostra a
própria emissora espalhando mentiras, e depois vimos uma reportagem no
“Fantástico” sobre o mesmo assunto. O clima de perseguição foi instalado,
para justificar a ação do Facebook de hoje. Se não é um ato coordenado, bem que
parece.
Hélio Beltrão comentou:
“Facebook acaba de banir definitivamente a página do Movimento Brasil200
(390.000 seguidores), e diversos perfis ligados ao MBL. Difícil ver esta ação
como cumprimento de termos de serviço e não derivada de visão
político-ideológica”.
Já Alexandre Borges resgatou o
filme “A Rede”, com Sandra Bullock, para deixar seu alerta:
Em 1995, quando a WWW
nascia para o mundo, o premonitório filme “A Rede” (“The Net”) previa o “assassinato
virtual” como uma nova forma de violência.
A programadora Angela
Bennett (Sandra Bullock) recebe um software por engano e passa a ser perseguida
por hackers de uma empresa de tecnologia criminosa que apagam todos os seus
registros pessoais e “mudam” seu passado para destruir sua identidade e
reputação.
Quase 25 anos depois, acabo
de saber que Renan Santos, fundador e um dos líder do MBL, foi banido
permanentemente desta famigerada rede.
Há uma agenda em curso para
calar vozes dissonantes e influenciar diretamente o resultado das eleições
deste ano, curiosamente o que acusam a Rússia de ter feito com as eleições
americanas de 2016.
Muito cuidado com o que se
fala nesta rede, ela ainda é útil para divulgação e engajamento de público, mas
deve ser usada com plena consciência de que a verdade não pode aparecer, como
dizia Churchill, “pelada”, ela tem que vir “bem vestida para não assustar
ninguém”.
O jogo é bruto e não tem
ninguém brincando.
O que está acontecendo é MUITO
grave, e nem George Orwell poderia imaginar algo tão brutal.
Alternativas a estas redes
sociais de hoje se fazem mais necessárias do que nunca. O movimento
liberal-conservador não pode ficar refém dessas redes sociais, pois elas já
provaram não respeitar a neutralidade de suas plataformas, como deveriam. São
instrumentos “progressistas” que não escondem mais seu desejo de calar as vozes
conservadoras.
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