Rodrigo Constantino
Qualquer crítica é vista como
“islamofobia”, o que anula a possibilidade de um debate sério sobre o assunto
Dois irmãos explodem uma bomba
numa maratona de Boston. Um sujeito decide abrir fogo numa boate gay em
Orlando. Um maluco joga um caminhão em cima de uma multidão em Nice, matando
mais de 80 pessoas. Um padre com 86 anos é morto a facadas numa igreja
francesa. Qual o denominador comum aqui?
A imprensa fala em “lobos
solitários”. Mesmo? Não seria o caso de tantos lobos muçulmanos a ponto de
criarem uma verdadeira alcateia islâmica? O autoengano não vai ajudar no
combate ao terrorismo. A covardia é o caminho certo da derrota. O Ocidente
precisa encarar a dura realidade: estamos em guerra.
O primeiro passo é deixar os
bodes expiatórios de lado. Não dá para culpar a venda de armas, quando tantos
matam usando aquelas obtidas ilegalmente, ou facas, aviões, caminhões. O foco
dos “progressistas”, como o presidente Obama, na questão do desarmamento é pura
distração, e coloca em risco a população pela reação equivocada que produz.
Também não podemos falar em
“discurso de ódio” nas redes sociais. Não é isso que tem atraído essas pessoas
ao radicalismo islâmico. O multiculturalismo politicamente correto, ao
contrário, tem impedido um debate sincero, pois não podemos “ofender” os
muçulmanos. Qualquer crítica é vista como “islamofobia”, o que anula a
possibilidade de um debate sério sobre o assunto.
Tampouco se trata de um
problema de desigualdade social, como insiste a esquerda. Há terroristas
milionários, como era Bin Laden, e gente de classe média disposta a se explodir
para levar a maior quantidade possível de vítimas. Reduzir algo dessa natureza
a uma questão de conta bancária é simplesmente absurdo.
O que, então, explica o
terrorismo moderno, quase todo ele ligado ao Islã? E como combatê-lo? O dr.
Sabastian Gorka oferece boas explicações e sugestões em “Defeating Jihad”,
livro em que traça um paralelo entre o islamismo de hoje e o comunismo do
passado. O Ocidente está sob ataque de uma ideologia totalitária, que não
aceita seu estilo de vida liberal.
Reconhecer esse fato já seria
um bom começo. A origem do Islã, com um profeta que foi guerreiro militar, e
sua mensagem eivada de passagens violentas e sem separar religião de estado, em
nada ajudam. Isso não quer dizer que o inimigo seja todo o Islã. Há muçulmanos
que querem reformá-lo, e esses “apóstatas” são os principais alvos dos
fanáticos.
Mas é forçoso reconhecer que
foi a tradição judaico-cristã ocidental que enfatizou pela primeira vez o
indivíduo, valorizando cada vida humana como sagrada. É isso que está sendo
atacado pelos terroristas. São seguidores de uma mentalidade niilista que
despreza a vida humana, e querem impor um califado totalitário inspirado no
Islã. É uma guerra intelectual e cultural, acima de tudo.
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Isto É, 29-7-2016
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