quinta-feira, 21 de julho de 2016

[Estórias da Aviação] Lockheed 188 Electra PP-VJW

Alberto José
Os inesquecíveis Electra II começaram a chegar na VARIG em 1962. Vieram ocupar o lugar dos Douglas DC-6 e, até mesmo do jato puro Caravelle, que voava nas rotas internacionais. Por equívoco do mercado, foram fabricados apenas 170 unidades e, felizmente, coube aos tripulantes e passageiros da VARIG o privilégio de terem voado naquele avião. Quem não conheceu o Electra não conheceu o que era avião!


Ele pesava cerca de 26 toneladas (net), tinha 32 metros de comprimento, 30,18 m de envergadura e voava cruzeiro a 600 KPH devido aos seus quatro turbo-hélices de 3.750 HP cada. Para mostrar que era valente, foi voar nas rotas de Nova Iorque, de Miami e de Lisboa. Depois, passou a fazer o "estirão" Porto Alegre, Curitiba, Congonhas, Galeão, Recife, Natal, São Luiz e Belém. Ainda fazia Galeão, Congonhas, Curitiba, Foz do Iguaçu e Assunção.

Hoje, os Electra ainda voam como aviões-patrulha (Orion P3) em várias forças armadas navais e Guarda Costeira. Na VARIG, o avião tinha amplas poltronas e um lounge confortável onde muitos contratos foram fechados e casamentos foram iniciados.

Eu estava fazendo um voo no Electra II com destino a Assunção (Paraguai). Quando estávamos chegando nas Cataratas do Iguaçu eu fui para a cabine de comando e vi que o comandante estava pedindo autorização para fazer um "sobrevoo turístico".

Foto: Enaldo Valadares
A seguir, ele anunciou pelo PA (passenger adress): "os senhores passageiros poderão ver, no lado direito, a deslumbrante paisagem das Cataratas!" Como eu estava com a porta da cabine de comando entreaberta, avisei: "Comandante, os passageiros correram para o lado direito!" Então, ele logo controlou a situação: "Senhoras e senhores, coloquem os cintos de segurança pois vou fazer uma curva para voltar a sobrevoar as cataratas pelo lado esquerdo da aeronave".    
Título e Texto: Alberto José, 21-7-2016

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