José Batista Pinheiro
O Rio de Janeiro está mudado.
Obras importantes em todos os quadrantes com supervias expressas ligando zonas
da cidade nunca antes imaginadas, o metropolitano ligando o Leblon à Barra da
Tijuca rasgando as entranhas da terra e dos morros, com transporte moderno em
trens bonitos e confortáveis.
Os cariocas estão ajoelhados
de mãos postas (iguais aos atacantes do Flamengo quando assinalam um gol)
agradecendo ao fenômeno olímpico, responsável por essas maravilhas herdadas pela
cidade.
Tudo bem articulado. Os 31
enormes edifícios de mais de 30 andares podem alojar os 40 mil atletas e
comitivas participantes do evento de quase todas as partes do mundo. A
segurança está impecável, até um Boeing 767 de última geração foi fretado para
transportar tropas militares de um lado para o outro.
O dinheiro está sobrando
apesar de o governador do Estado declarar que o mesmo está quebrado
financeiramente. Para pagar o funcionalismo estadual teve de fazer um
empréstimo ao governo federal.
Todo esse fausto municipal
poderia ter sido realizado para o bem-estar do povo e da cidade sem necessitar
dessa farra da olimpíada.
Fica provado que quando os
governantes cumprem bem a sua obrigação de governar tudo funciona às mil
maravilhas.
Todavia, quando a fantasia
acabar, a herança deixada pela Olimpíada aos brasileiros é de muita tristeza.
As favelas incham por falta de
moradia para os mais necessitados, a violência aumenta por falta de segurança,
os pais de família perdem os seus empregos e suas famílias ficam sem o leite
das crianças. Um belo assunto para reflexão.
Título e Texto: José Batista Pinheiro – Cel Ref EB, Rio
de Janeiro, 27-7-2016
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