Haroldo Barboza
A luta pelo resgate da
dignidade nacional é árdua. Podemos fazer um grotesco paralelo ilustrativo (uma
fábula) com a reforma de uma enorme fissura de uma represa.
Quando um pequeno orifício de
1 mm de diâmetro surgiu há 20 anos, ocorria um gotejamento a cada 30 segundos.
Os incompetentes responsáveis pela edificação não deram importância ao fato,
alegando ser um simples problema pontual e passageiro de “dilatação” em virtude
de nosso clima historicamente quente.
Mesmo quando na década
seguinte o orifício aumentou para 5 mm de diâmetro (gotejando a cada 5
segundos), nem a população que até fotografou o local, se deu ao trabalho de
exigir a restauração simples, barata e rápida.
Quando (há 1 ano) a falha
estrutural chegou a 1 cm de abertura (vazão de 2 litros por minuto), os
“fotógrafos” começaram a reclamar que suas vidas corriam perigo e algo
precisava ser feito com urgência. Mas estes reclamantes não encontravam “tempo”
para se reunirem e efetuar a pressão (que eleitor pagador de altos impostos tem
direito) necessária para que a solicitação fosse atendida.
Qualquer “tempo” que sobrava
era desperdiçado no facebook, whatsapp e assemelhados, com mensagens fúteis que
em nada contribuem para preservação dos valores morais familiares, ética
profissional, honestidade comercial e defesa da pátria. Os “heróis” venerados
são os “condenados” ao paredão telefônico, musas reboladoras em trio elétrico,
botinudos que maltratam a bola e canelas dos adversários e vendedores de
ilusões que são reeleitos a cada pleito (via urna-E não auditável após o
evento).
Nomes como Almirante Barroso,
Duque de Caxias e Marechal Floriano, para a maioria dos analfabetos
“funcionais” e mentais, são apenas placas de logradouros públicos.
Voltemos à nossa dura
realidade (com foco no RJ), em relação à insegurança que ceifa em média, quinze
vidas inocentes por dia.
O reparo deste cenário agora
será caro e doloroso (o orifício da represa neste momento deve estar com 25 cm
de diâmetro – vamos esperar ela desabar?).
O esforço das Forças Armadas para
a redução da barbaridade cotidiana pode ser menor se ocorrer uma colaboração
cívica geral.
Precisamos ouvir vozes de
apoio como OAB, CNBB (e outros “B’s”), jornalistas, professores, médicos e
outras classes formadoras de opinião.
Ainda dá tempo de restaurar a
represa da civilidade.
Que a visão de Deus esteja
voltada para nosso território para evitar que dentro de 20 (?) anos nos
transformemos num “Braití”.
Nossa sociedade é um colosso. Sobrevive no fundo do poço.
Título e Texto: Haroldo Barboza, Rio de Janeiro, 12-3-2018
Título e Texto: Haroldo Barboza, Rio de Janeiro, 12-3-2018
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