quarta-feira, 14 de março de 2018

O tal bode... (Como relaxar do assunto, sutilmente... ou nem tanto!)

Paizote Marques

Ilustração: Gilberto
Algum tempo atrás publiquei uma postagem na qual citava a antiga fábula do “bode na sala”.
Todo o mundo conhece a história do “bode na sala”, sua conclusão é que, às vezes, para resolver um problema, criamos artificialmente outro maior.

Pois bem, notei nas últimas manifestações que esta expressão ”bode na sala” tem similar nas conversas sobre o nosso assunto, então resolvi ampliá-lo. Por quê?

Pois não é que o “bode” deu cria! Estamos criando filhotes dele em nosso meio!
Estamos numa fase de agressões verbais, de parte a parte, como nunca antes notada nas mídias que frequento.

Todos agridem todos, num claro sintoma psicológico de destempero, e frustração. A “coisa” não está saindo como prevíamos. Então partimos para a criação de outro espécime de “bode”: o “bode expiatório”!

Esta espécie tenta alojar-se lado a lado em todas as frentes de nossos interesses. Sejam nos comunicados, nos jornais, nos e-mails... blogs... etc...

A ofensa ao próximo tornou-se regra. Como se tal ato fosse ajudar em alguma coisa em nossas pretensões. Ao contrário, torna mais robusto o nosso algoz. E consequentemente ficamos fragilizados.

Eu, também já fui, e continuo sendo alvo de muitas grosserias.
Tenho um crítico em especial que faz a sua terapia, combatendo-me e apontando erros em tudo o que digo ou faço. E pasmem!, até no que não faço!

Falando em “terapia”, faço destes escritos, a minha, particular. É meu desabafo e meu protesto permanente contra tudo o que nos fizeram, tirando-nos o possível conforto da terceira idade e fazendo-nos “bodes” de causas diversas.

Quero meu Aerus!!! Sim!!!

De minha parte também já cometi alguns desatinos e algumas grosserias. O que lamento!

Como nossos líderes já não se entendem há muito tempo, chegamos ao ponto em que entre nós impera também a discórdia e a grosseria.

Leio pessoas que oram toda vez que entram nas mídias sobre assunto Aerus, mas estas mesmas pessoas não poupam alguém, quando este não age como gostariam. E “sentam o pau”! Na maioria das vezes com exagero e grosserias também, esquecendo momentaneamente de seu Deus! É!! Aquele que só ama e perdoa!

Que tal, como já disse na outra postagem, centrarmos nossa artilharia na direção certa? Mirarmos nos nossos problemas reais, e nos tornarmos “anônimos” na causa.

Esquecendo as identidades, tanto de um lado como de outro, e apresentarmos propostas!
Enquanto aqui estamos nos digladiando, lá no governo, no Aerus, na Justiça, sequer sabe quem é um ou quem é outro.

Em algum momento da caminhada esquecemos que, definitivamente, não somos as melhores pessoas do mundo, e que nas nossas fileiras não atuam “santos” de nenhuma espécie. Todos já cometeram e ou ainda cometem erros, neste “imbróglio” que nos flagela.

Nenhum de nós ainda foi canonizado! Então vamos assumir nossos próprios erros, direcionar unidos, (Ah! Unidos! Tsc! tsc! tsc!) nosso fogo na busca da solução.

Afinal, enquanto brigamos internamente, muitos de nós estão morrendo sem solução.

E, lamento dizer, este pode ser o nosso destino, se continuarem estas grosserias de parte a parte.

A mim não interessam amizades ou simpatias, nem busco herói da hora. Principalmente agora, na reta final da existência! Mas, reconheço que sem um mínimo de civilidade em nosso meio, “morreremos todos na praia”. Cada qual, abraçado ao seu cada qual!

E na hora de definir quem são meus heróis, me vêm à imagem os cinco netos, e por estes que luto.

E repetindo... …assim ninguém merece...
E se continuar assim, ninguém terá!
(Não nos comportamos adequadamente).
Título e Texto: Paizote Marques, 14-3-2018

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4 comentários:

  1. Obrigado por postar!
    Abs!
    Paizote

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  2. Conheci um bode que praticamente doou uma empresa para Constantino.

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  3. A PL 8238/17 está na Câmara dos Deputados para ser aprovada e fazer com que os bancos passem a sua frente e receba os créditos antes. Sim, antes dos trabalhadores !!! Tá bom ou quer mais ??

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