o antagonista
Um mapeamento de O Antagonista
sobre os votos que Marielle Franco obteve em 2016 revela que a vereadora do
PSOL, executada há dois dias, não foi eleita pelas favelas.
Cerca de 20 mil votos, quase
metade dos 46 mil votos que elegeram a socióloga, saíram dos bairros nobres da
Zona Sul carioca e da Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Enquanto na Rocinha ela teve
apenas 22 votos, no Leblon foram 1.027. Marielle colheu mais 1.900 votos em
Laranjeiras e outros 2.742 votos em Copacabana.
Na também famosa Cidade de
Deus, foram apenas 89 votos. Já na Freguesia, área de classe média alta de
Jacarepaguá, a política do PSOL foi a escolha de 707 eleitores.
Na Grande Tijuca, Marielle
teve um ótimo desempenho: 6.500 votos.
No Complexo da Maré, suposta
base eleitoral da vereadora, foram apenas 50 votos.
Se incluirmos Ramos e
Bonsucesso, esse número sobe para 2.196 votos – resultado distante do obtido
entre o eleitorado de melhor poder aquisitivo.
Título e Texto: o antagonista, 16-3-2018
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PM’s morrem muito mais do que vereadores no Rio
ResponderExcluirRoger Roberto
No ano passado, no Rio de Janeiro, foram assassinadas mais de seis mil pessoas. Na realidade, foram exatamente 6.371 homicídios, só do que se tem confirmação. Obviamente deve haver muitos casos desconhecidos que nem entram na conta.
Deste total, em 2017, ao menos 134 mortes foram de policiais. A maior parte destes homicídios, é claro, cometida pelo crime organizado na cidade. Foram 134 vezes em que as esquerdas cariocas não deram um pio. Não importou para eles se o policial era pobre, negro e favelado, o que muitos também são. Também não importou se fosse mulher ou homem, porque a verdade é que a turma do PSOL simplesmente odeia a polícia e também odeia o povo.
Quantos vereadores ou vereadoras foram assassinados no Rio ano passado? Nenhum. Este ano, uma. A comoção pela morte de Marielle Franco, que é claramente encenada para se estender a uma finalidade política, ignora até mesmo o assassinato de seu próprio motorista, que só foi morto por estar trabalhando para ela. Anderson Pedro Gomes, o motorista e pai de família de apena 39 anos, deixou uma mulher e um filho, mas parece que ninguém liga.
Marielle sofreu um crime hediondo, sim, mas até agora parece que ninguém estava preocupado com nada disso. A situação é engraçada porque faz lembrar o filme do Batman, aquele em que o Coringa conversa com Harvey Dent no hospital e diz que as pessoas enlouquecem quando alguém ameaça a vida do prefeito, mas que ninguém dá a mínima se um comboio militar for atacado e diversas pessoas morrerem.
Os esquerdistas simplesmente ignoraram as outras milhares de mortes de inocentes, ignoraram as centenas de mortes de policiais, mas agora se indignam contra a violência após a morte de sua vereadora que, assim como seu partido, defendia os bandidos.
É a hipocrisia no mais alto nível.
Roger Roberto
Perigoso no Rio não é ser mulher, negra, lésbica e favelada. Morre-se mais por ser PM. Matemática para a esquerda amoral
ResponderExcluirA mim parece não haver dúvidas de que a morte da vereadora foi encomendada ! Resta saber por quem ,e com que intenções. Um lado precisava que ela se calasse , e outro queria mandar um recado sobre a intervenção , e ainda um terceiro queria apenas -(apenas??) o caos .
ResponderExcluirPaizote
Eu não entendo, definitivamente, de esquerda ou de direita, pelo menos no Brasil!
ResponderExcluirAcho que isto é um discurso alienígena que - ainda!- não é significativo, pelo menos aos padrões “tupiniquins”!
Dito isto, eu acho que privar a sociedade da opinião política de uma mulher negra, favelada ,lésbica, é antes de tudo privar de uma parcela importante, que não pode ser ignorada, numa sociedade do século 21. Uma participação, na discussão para construção de uma democracia, no verdadeiro sentido, que contemple todos os cidadãos.Independente de suas opções ,sejam estas sexuais, religiosas , ideológias,etc...
Quer sejamos contra ou a favor ao que ela defendia, ficamos órfãos de uma importante posição social, o que nos priva de uma visão que nos faça avaliar, sob outro ângulo mais amplo nossos próprios valores.
As posições ideológicas da mesma não devem interferir, na defesa do bem maior que é a vida.
Um ser humano, portanto com qualidades e defeitos foi covardemente assassinado!
Teria sido à direita ou à esquerda... não creio!
Foi apenas (apenas?) um crime bárbaro, perpetrado por pessoas que se sentiram derrotados pela argumentação, e pelo discurso da vitima, e partiram para solução final.
As denuncias da vereadora contra policiais podem ter sido a motivação, o inconformismo com esta intervenção fajuta também pode ter sido.
O que importa é que fica comprovado, independente das motivações, e reforçada a tese que prega uma intervenção na segurança realmente séria, e atitudes bem mais enérgicas.
Tanto contra o crime organizado, como contra as milícias inconformadas.
Paizote