quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mau tempo em aeroportos europeus: alternativas pouco exploradas

Christian Hartmann/Reuters

Com voos cancelados e sem saber ao certo quando poderiam chegar a Portugal, houve quem não quisesse esperar por uma resposta, pois o objectivo era estar em casa no Natal. Fernando Soares dormiu duas noites num hotel junto ao Aeroporto de Heathrow, mas decidiu rumar por outros caminhos. Demorou 24 horas, andou de autocarro, comboio e barco, mas chegou ao seu destino.
Não foi fácil. Ao saber que só poderia viajar para o Porto no dia de Natal, começou por traçar um percurso alternativo que o levou de autocarro até à localidade de Woking.
Daqui, viajou de comboio até Portsmouth, na costa sul de Inglaterra. Seguiu-se o barco até Le Havre, em França, e novamente o comboio até Paris. No Aeroporto de Orly tudo se resolveu. "Estava uma situação normalíssima", contou Fernando Soares à Lusa, sobre o cenário que encontrou enquanto esperava o seu voo de regresso. "Consegui a transferência do voo de Londres para Paris e ao fim de 24 horas estava em casa."

Em Portugal, Fernando Soares defende que transferir os passageiros retidos em Londres para Paris poderia ajudar, mas assume que foi uma situação pela qual não se pode culpar a TAP, mas lamenta a falta de assistência da companhia aérea: "Mostrar preocupação não basta."
As alternativas, seja de comboio seja de automóvel, não parecem ter sido a opção escolhida por quem viu os seus voos serem cancelados. Fonte da CP disse ao DN que não houve uma procura maior do que o normal devido à situação caótica vivida em vários aeroportos europeus, com centenas de portugueses a ficarem retidos.
O tenente-coronel Côrte Real, da GNR, confirmou ao DN que também nas estradas portuguesas não havia informação de um aumento de tráfego fora do normal.
Diário de Notícias, 23-12-2010

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