sábado, 22 de outubro de 2016

O estado social… à sua custa

Rui A.
Graças ao governo da geringonça, a teoria política viu-se enriquecida por um novo conceito: o do Estado Social… à custa dos outros. Isto é: em vez do estado promover as condições necessárias ao crescimento económico das pessoas que nele vivem, leva-o à falência e, para se sustentar e desenvolver a sua benemérita actividade vai sacar mais dinheiro «onde ele está», citando a feliz frase da menina Mortágua.

Dito doutro modo, vai aos bolsos de quem não andou a desbaratar dinheiro e conseguiu economizar algum, para pagar as ideias que saltitam e pululam nas cabecinhas dos ministros. Assim, para aumentar as pensões saca-se um novo imposto sobre os imóveis.

Para sustentar o rendimento mínimo aumenta-se o IMI.

Para segurar os despedimentos na função pública aumenta-se o imposto sobre os produtos petrolíferos.

Para financiar as 35 horas do sector público cria-se uma taxa sobre os alimentos e as bebidas com açúcar.

Para pagar os manuais escolares aumenta-se o imposto sobre o tabaco e as bebidas.

E por aí em diante: o estado gasta o muito que lhe damos a pagar as dívidas que a sua exemplar gestão foi gerando, e, para o resto, vem-nos sacar ainda mais. Falta apenas esclarecer se será criado algum novo imposto para pagar os salários dos administradores da Caixa. Ou já estavam provisionados? 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 21-10-2016

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