Sim, generoso leitor, essa foi
a manchete do semanário Expresso,do dia 8 de março de 2010. Governava Portugal o Partido Socialista.
O Governo está a estudar a
venda de participações na TAP, CTT, EDP, Galp, REN e seguradoras da CGD,
contando arrecadar €6 mil milhões com as privatizações.
A venda de parte das
participações detidas na EDP, na Galp e na REN, bem como a privatização da TAP,
dos CTT e da área seguradora da CGD está a ser ponderada pelo Governo, revelou
hoje o ministro Teixeira dos Santos. A novidade foi hoje avançada pelo
governante numa entrevista telefónica concedida à agência de informação
financeira Bloomberg, no mesmo dia em que o Executivo apresentou as linhas
mestras do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) até 2013.
O Governo
conta arrecadar 6 mil milhões de euros com as privatizações previstas no PEC,
contando com essas receitas para "curvar" o crescimento da dívida
pública, que deverá superar os 90% em 2012.
O Estado detém posições de 20% na
Energias de Portugal (EDP) - mais cinco por cento detidos pela Caixa Geral de
Depósitos (CGD) - 49% da Rede Eléctrica Nacional (REN), e sete por cento na
petrolífera Galp Energia - mais um por cento detidos pela CGD. Já a companhia
aérea TAP e os Correios de Portugal (CTT) são detidos a 100% pelo Estado, tal
como a área seguradora da CGD.
REDUÇÃO DO DÉFICE E DA DÍVIDA PÚBLICA
Teixeira dos Santos afirmou esta manhã que o
Governo espera levar a cabo "um conjunto significativo de
privatizações", que irá apresentar quando levar o programa à Assembleia da
República. "Prevemos, no conjunto das privatizações equacionadas, uma
receita global de 6 mil milhões de euros. Isso vai nos permitir controlar o
andamento de dívida pública", afirmou o governante."
De acordo com as
nossas projeções, a dívida pública irá subir gradualmente, por efeito ainda do
défice elevado que teremos nos próximos anos, até ao nível da ordem dos 90,1%
do PIB em 2012, mas baixara já em 2013 para 89,3% do PIB. Isto graças ao
impacto que a receita das privatizações terá", garantiu. O Governo que já
havia anunciado que iria prosseguir com o plano de privatizações interrompido
antes da crise, prevê ainda receber um valor mais 5 mil milhões de euros com
privatizações acrescentadas a esse mesmo plano, que previa uma receita na ordem
dos 960 milhões de euros.
Expresso,
8-3-2010
Grifos: JP
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