Kruzes Kanhoto
Vai por aí um inusitado
entusiasmo com os resultados eleitorais obtidos pelos movimentos políticos
alternativos, constituídos por cidadãos alegadamente fartos dos partidos
tradicionais, nas recentes eleições espanholas. Também já assim foi com o
Syriza. Mesmo que a chegada ao poder daqueles malucos não tenha trazido nada de
novo. Nem, sequer, conseguiu surpreender aqueles – entre os quais me incluo –
que sempre acharam que aquilo ia dar, ainda mais, para o torto.
Admito que possa ser o meu
cepticismo a escrever mais alto mas, por mais que me esforce, não consigo
lobrigar motivo para tanto entusiasmo. É que nós - em alguma coisa havíamos de
ser pioneiros - já passámos por idêntica experiência. Há trinta anos, mais
coisa menos coisa, tivemos o PRD. Um partido que teve o alto patrocínio do
general Eanes, então Presidente da Republica, com uma retórica muito semelhante
à destes “cidadãos” que tantos desejam ver replicados por cá. Deu no que deu.
Ou seja, em nada. Daí que o país real, aquele que não anda pelas redes sociais
e se está cagando para a intelectualidade bem pensante, não ligue peva a essa
malta. Eles que vão fumando umas brocas enquanto discutem entre si se os
unicórnios voam ou não. Nisso, reconheço, são bons e estão muito acima do comum
dos mortais.
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