Rodrigo Constantino
Trabalhadores brasileiros, uni-vos contra o sindicalismo! |
Foi descoberto o incrível
“segredo” do salário tão maior dos trabalhadores americanos em relação aos
brasileiros, até então guardado a sete chaves. Tiveram que contratar a Scotland
Yard e chamar pessoalmente Sherlock Holmes para solucionar um mistério tão
impressionante. A resposta decepcionou todos os “intelectuais” e artistas
brasileiros, assim como os “economistas” heterodoxos que sempre defendem mais
intervenção estatal e sindicatos fortes.
Não, o salário tão maior
não tem ligação alguma com a influência dos sindicatos nos respectivos países.
Tampouco há elo com a quantidade de regalias que o governo garante, como
décimo-terceiro, décimo-quarto, décimo-oitavo salário, vale-alimentação,
vale-transporte, vale-cachaça, férias remuneradas, licença a maternidade,
paternidade e amizade, nada disso! Pasmem, mas o grande segredo dos americanos
é… serem mais produtivos!
O salário médio é quatro vezes maior do que o nosso? E o
trabalhador médio americano produz quatro vezes mais
do que o nosso também! Não é espetacular? Vejam:
Quatro trabalhadores brasileiros são necessários para atingir a
mesma produtividade de um norte-americano.
A distância, que vem se acentuando e está próxima da do nível dos
anos 1950, reflete o baixo nível educacional no Brasil, a falta de qualificação
da mão de obra, os gargalos na infraestrutura e os poucos investimentos em
inovação e tecnologia no país.
Fatores apontados por empresários e por quem estuda o assunto como
os principais entraves para a produtividade crescer no país –e que também
ajudam a explicar o desempenho fraco do PIB brasileiro nos últimos anos.
A comparação entre Brasil e EUA considera como indicador a
produtividade do trabalho, uma medida de eficiência que significa quanto cada
trabalhador contribui para o PIB de seu país.
O dado é do Conference Board, organização americana que reúne cerca
de 1.200 empresas públicas e privadas de 60 países e pesquisadores.
Ele é importante porque mostra a força de fatores como educação e
investimento em setores de ponta, que tornam mais eficiente o uso de recursos.
A produtividade costuma ser menor nas empresas de trabalho intensivo.
O baixo nível educacional no Brasil é destacado pelo pesquisador
Fernando Veloso, da FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), como um dos
mais graves problemas para uma economia que precisa crescer e aumentar o padrão
de vida da população.
“O brasileiro estuda em média sete anos, nem completa o ensino
fundamental. Nos EUA, são de 12 a 13 anos, o que inclui uma etapa do ensino
superior, sem mencionar a qualidade do ensino.”
A média de treinamento (qualificação) que um americano recebe
varia de 120 a 140 horas ao ano. No Brasil, são 30 horas por ano, destaca Hugo
Braga Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral.
Ou seja, precisamos de melhor ensino (não doutrinação
ideológica das Humanas), cursos especializantes para melhorar nossa mão de
obra, melhor infraestrutura, ambiente mais livre na economia, abertura
comercial, menos burocracia, tudo aquilo que os liberais apontam há décadas
como solução para aumentar a produtividade do trabalho. E, afinal, o salário
real depende dessa produtividade, não de “vontade política” ou de pressão
sindical. Eis algo que a esquerda ainda não
entendeu.
Refém de um equívoco
intelectual que é o marxismo, nossa esquerda ainda olha para o lucro como uma
“mais-valia”, fruto da exploração do trabalho. E por isso enxerga o salário
como resultado de exploração também, bastando o governo decretar maior parcela
do resultado das empresas para os trabalhadores para resolver o problema. Nada
mais falso!
Como fica claro, o
salário dos trabalhadores depende de sua produtividade, e se um trabalhador for
quatro vezes mais produtivo, ele tenderá a receber um salário quatro vezes
maior. Gente séria, portanto, foca na baixa produtividade do trabalho no
Brasil. Embusteiros, populistas, demagogos e ignorantes focam na discrepância
entre ricos e pobres e pedem intervenção estatal para aumentar os salários por
decreto, como se desse para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores num
passe de mágica estatal.
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, veja, 31-5-2015
Título, Imagem e Texto: Rodrigo Constantino, veja, 31-5-2015
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