Teixeira de Pascoaes
O sol do outono, as folhas a cair,A minha voz baixinho soluçando,
Os meus olhos, em lagrimas, beijando
A terra, e o meu espírito a sorrir…
Eis como a minha vida vai passando
Em frente ao seu Fantasma… E fico a ouvir
Silêncios da minh’alma e o ressurgir
De mortos que me foram sepultando…
E fico mudo, estático, parado
E quase sem sentidos, mergulhando
Na minha viva e funda intimidade…
Só a longínqua estrela em mim actua…
Sou rocha harmoniosa à luz da lua,
Petrificada esfinge de saudade…
Teixeira de Pascoaes
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na hora de pôr a mesa, éramos cinco
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