Corte Eleitoral pretende apurar suposto ‘uso indevido dos meios de comunicação’
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu a um pedido da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado, 15, para investigar a Jovem Pan. A Corte pretende apurar suposto “uso indevido” dos meios de comunicação.
A decisão afeta também o dono
da emissora, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha; o presidente
Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição; e o candidato à Vice-Presidência da
República, Braga Netto.
O PT acusa a emissora de ter
se tornado “o braço mais estridente do bolsonarismo”, com a “difusão de ataques
e fake news contra o sistema eleitoral”, contra o Supremo e
contra o TSE. O partido alega que a TV Jovem Pan News promove uma campanha
difamatória contra Lula.
Segundo a legenda, a Jovem Pan
é “parcial” e “confere tamanho privilegiado” ao presidente Jair Bolsonaro (PL),
que “vem irrigando os cofres da emissora com verbas públicas por meio de
publicidade”. O PT alega que, em 2021, a verba destinada ao grupo empresarial
alcançou o triplo dos valores recebidos em 2018, quando o país era governado
por Michel Temer (MDB).
No despacho, Benedito
Gonçalves sustenta que “é possível constatar da leitura dos trechos e do acesso
aos vídeos que, em um efeito cíclico, os comentaristas da Jovem Pan não apenas
persistem na divulgação de afirmações falsas sobre fatos, como somente se
mostram capazes de ‘explicar’ as decisões a partir de novas e fantasiosas
especulações, trazidas sem qualquer prova [sic]”.
O PT alega que a Jovem Pan
“ataca” os ministros do Supremo Tribunal Federal e do TSE e repete “informações
falsas” sobre as urnas eletrônicas.
Jovem Pan e verbas publicitárias
Reportagem publicada na Edição 131 da Revista Oeste mostra a ofensiva do PT e dos veículos de comunicação contra a Jovem Pan. “Desde o início do governo Bolsonaro, a Jovem Pan recebeu R$ 4 milhões em verbas publicitárias”, escrevem Augusto Nunes e Edilson Salgueiro. “Tal valor é inferior ao registrado nas gestões de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. No primeiro mandato de Lula, foram R$ 6 milhões. Entre 2007 e 2010, mais R$ 8 milhões. Dilma destinou ao grupo empresarial R$ 7,5 milhões no primeiro mandato. Entre 2015 e 2018, foram R$ 8 milhões. Em contrapartida, o Grupo Folha abocanhou R$ 371 milhões nos dois mandatos de Lula. Dilma e Temer, somados, transferiram R$ 156 milhões. No governo Bolsonaro, a catarata de reais secou: apenas R$ 2 milhões irrigaram o caixa da Folha. O fim da farra ajuda a entender a hostilidade do jornal ao presidente da República.”
Texto: Redação, Revista
Oeste, 15-10-2022, 21h32
Um tapinha não dói
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Moraes, sempre Moraes:
ResponderExcluirMoraes atende Rede e obriga Defesa a entregar auditoria das urnas eletrônicas