Produtora classificou episódio como 'inacreditável'
Cristyan Costa
A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta quinta-feira, 13, que a produtora Brasil Paralelo tire do ar vídeos que vinculam o ex-presidente Lula a esquemas de corrupção, quando governou o país.
Os ministros entenderam que o
conteúdo não é uma notícia falsa, mas, sim, um caso de “desordem
informacional”, que une argumentos verdadeiros para gerar uma “conclusão
falsa”. Dessa forma, o plenário derrubou uma decisão liminar do ministro Paulo
de Tarso Sanseverino, que havia permitido os vídeos.
“A matéria atribui ao
candidato Lula uma série de escândalos de corrupção que jamais foram
judicialmente imputados a ele e a respeito dos quais nunca teve a oportunidade
de exercer sua defesa”, argumentou o ministro Ricardo Lewandowski, que abriu a
divergência. “Considero grave a desordem informacional”. Cármen Lúcia
e Benedito Gonçalves acompanharam.
O presidente do TSE, Alexandre
de Moraes, que deu o voto de desempate ao caso, disse que o conteúdo “é a
manipulação de algumas premissas verdadeiras, onde se junta várias informações
verdadeiras, que ocorreram, e que traz uma conclusão falsa, uma manipulação de
premissas”.
Moraes sustentou ainda que a
Corte deve ampliar seu foco às “fake news” plantadas em
veículos jornalísticos. A decisão também obriga o Twitter a retirar o conteúdo
do ar.
Em nota, a Brasil Paralelo
classificou o episódio como “inacreditável”. “O devido processo legal e a
liberdade de expressão parecem ter sido abandonadas neste caso”, informou a
produtora.
Leia a nota da Brasil Paralelo
“É inacreditável que um vídeo montado com reportagens e fatos de ampla circulação nacional na grande mídia em 2004, 2005 e 2006 seja condenado à censura pelo calor da época eleitoral. O vídeo foi produzido há cinco anos, é sustentado em reportagens conhecidas e não consta nele nenhuma desinformação.
O mais grave é que a peça de representação do PT não apenas pede a remoção do vídeo, como instrui o que deveria ser dito, como seria próprio de uma ditadura. Ao dizer ‘o que a produtora deveria ter dito é que naquela época havia investigação pela autonomia da polícia, diferente de hoje’, a peça perde qualquer seriedade de defesa, configura um instrumento censor e intimidatório, e é um risco à democracia que seja aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral sem ressalvas, de forma anacrônica e sem ter citado a empresa.
O devido processo legal e a
liberdade de expressão parecem ter sido abandonadas neste caso.”
Título e Texto: Cristyan Costa, Revista Oeste, 13-10-2022, 12h01
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A música aqui trazida, pelo Bezerra da Silva, é antiga, mas mostra bem o nosso brazzzil dos dias atuais.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=qqKgyJoVNCU
Quando Cabral aqui chegou
E semeou sua semente
Naturalmente começou
A lapidação do ambiente
Roubaram o ouro, roubaram o pau
Pra ficar legal, ainda tiraram o couro
Do povo dessa terra original
E só deixaram a má semente
Presente de Grego
Que logo se proliferou
E originou a nossa gente
É ladrão que não acaba mais
Tem ladrão que não acaba mais
Você vê ladrão quando olha pra frente
Você vê ladrão quando olha pra trás
E, a terra boa, mais o povo continua escravizado
Os direitos são os mesmos
Desde os séculos passados
O marajá, ele só anda engravatado
Não trabalha, não faz nada
Mas ta sempre endinheirado
Se entrar no supermercado...Você é roubado
E se andar despreocupado...Você é roubado
E se pegar no ponto errado...Você é roubado
E também se votar pra deputado...Você é roubado
Certo! Tem sempre 171 armando fria
Tem ladrão lá no congresso, na fila da padaria
Ladrão que rouba de noite, ladrão que rouba de dia
Dentro da delegacia, ninguém entendia a maior confusão
O doutor delegado grampeou todo mundo
Porque o ladrão roubou outro ladrão
É ladrão que não acaba mais
Tem ladrão que não acaba mais
Você vê ladrão quando olha pra frente
Você vê ladrão quando olha pra trás
Aparecido Raimundo de Souza, de Belo Horizonte, nas Minas Gerais.