André Janones tem liderado uma fábrica de fake news sem nenhum escrúpulo, promovendo o assassinato de reputações de todo apoiador importante do presidente
Rodrigo Constantino
Todo truque petista consiste
em uma só premissa: Bolsonaro é o capeta em pessoa, um Hitler reencarnado, um
golpista, um fascista, logo, qualquer coisa pode ser feita para derrotá-lo. É o
mesmo mecanismo chinfrim utilizado contra Trump nos Estados Unidos. O
“vale-tudo” se dá a partir dessa narrativa tosca, que carece de qualquer
fundamento.
Nada disso, porém, é novidade.
A Escola de Frankfurt divulgou a ideia de que a direita será sempre
reacionária, de que o sistema é opressor e racista, de que as instituições são
simples instrumentos dessa “elite nefasta” e, portanto, todos os meios para
derrubar essa gente do mal são aceitáveis. Não se pode tolerar o “fascismo”,
então os “antifascistas” podem lançar mão de quaisquer armas para vencer esse
combate.
O maior proponente dessa visão foi Marcuse, e Theodore Dalrymple resumiu bem o discurso vazio do revolucionário: “As ideias de Marcuse eram tão bobas que teriam sido engraçadas se ninguém as tivesse levado a sério. Apesar de ele estar quase esquecido hoje em dia, uma de suas ideias mais tolas e perniciosas, a da tolerância repressiva, está voltando, se não na teoria, na prática. De acordo com esse conceito, a repressão praticada pelos conservadores é intolerável, mas a repressão praticada pela esquerda é na verdade uma forma de libertação, e não representa repressão nenhuma”.
Foi dada a senha para que todo
tipo de crime e violência fossem praticados pelos indivíduos, se ao menos eles
se identificarem como esquerdistas lutando contra fascistas. Para marxistas em
geral, os fins “nobres” sempre justificaram quaisquer meios. Esse adendo de
Marcuse apenas serviu para liberar geral o nível de indecência e psicopatia,
sempre em nome de uma “libertação”, sem que seja necessário especificar em
detalhes o que está sendo libertado.
Chegamos, então, a essa campanha tosca do PT. Nas redes sociais, o principal nome apontado por Lula para comandar o show de terror é o do deputado André Janones [foto], recém-convertido ao petismo — ele terá de apagar postagens em que denuncia o elo entre Lula e ditadores comunistas. Janones tem liderado um verdadeiro gabinete do ódio nas redes sociais, uma fábrica de fake news sem nenhum escrúpulo, promovendo o assassinato de reputações de todo apoiador importante do presidente.
O caso mais recente — e mais
abjeto — envolveu o jovem Nikolas Ferreira, deputado mais votado do país, que
tem sido peça importante na virada de Bolsonaro em Minas Gerais. O nível dos ataques
desceu a um patamar nunca antes visto, sem falar da incoerência esquerdista —
parece que existe a “homofobia do bem” agora também. Janones nem sequer tenta
esconder que espalha mentiras. Ao contrário: ele se gaba de ter “costas
quentes” no Supremo — e nenhum ministro reage, lembrando que quem cala
consente.
Lula
é, de longe, o maior responsável pela tática tribal do “nós contra eles”,
jogando pobres contra ricos, negros contra brancos, gays contra
heterossexuais
O capacho lulista chegou a
pegar um trecho da fala de Bolsonaro e retirou o começo, para dar a entender
que o presidente estava defendendo justamente aquilo que estava, na verdade,
condenando. O vídeo teve grande repercussão, mas o TSE nem se manifestou.
Parece que a “polícia contra as fake news” estava hibernando nesse
momento, ou então estamos diante de uma seletividade digna de um partido
político, jamais de um órgão independente de Estado.
Como ninguém consegue negar o
jogo sujo — imundo! — praticado por Janones e outras figuras patéticas, como a
mitomaníaca Patrícia Lélis, o jeito é passar pano e alegar que se trata de
uma reação contra o bolsonarismo — esse sim, tosco, violento,
mentiroso, nefasto. Foi justamente o que fez a assessoria de imprensa petista
disfarçada de jornalismo. Na Folha de S.Paulo, uma “reportagem”
dava o tom da palhaçada: ‘Janonismo cultural’ usa fake news contra fake
news para furar bolha progressista — Tática de guerrilha digital é
incorporada pelo campo antibolsonarista e dá a tônica do segundo turno nas
redes.
Ou seja, o PT está apenas
reagindo no mesmo tom, segundo o jornal de esquerda. Ocorre que tal afirmação
não se sustenta por um minuto de uso da memória, quando lembramos que foi o PT
quem sempre desceu o nível, demonizou seus adversários, rotulados de “fascistas”
mesmo quando eram seus primos tucanos na disputa. Lula é, de longe, o maior
responsável pela tática tribal do “nós contra eles”, jogando pobres contra
ricos, negros contra brancos, gays contra heterossexuais,
mulheres contra homens, trabalhadores contra empresários etc.
Os apoiadores mais tímidos de
Lula, como os tucanos “moderados”, fingem que nunca viram nada disso, assim
como fingem não ver Janones nas redes sociais. O que Arminio Fraga tem a dizer
sobre esses métodos? O que Meirelles acha dessa postura? O que Elena Landau
pensa sobre essas táticas baixas? Nenhum pio dos “liberais” que resolveram
colaborar para a volta do ladrão à cena do crime, como diria o próprio Geraldo
Alckmin. Estão todos “horrorizados” com o bolsonarismo e sua “ameaça” às instituições
democráticas, sem qualquer necessidade de apontar casos concretos de ataques.
Mas eles nada têm a dizer sobre o petismo e seus braços nojentos, violentos e
perigosos, todos comandados pelo próprio Lula.
Janones não é uma reação
necessária do petismo; é a própria essência do PT! Mas os malandros tucanos vão
desconversar, repetir que “todos possuem seus radicais”, e voltar aos discursos
fajutos de que é Bolsonaro em vez de Lula quem representa o real perigo à
democracia brasileira. A esquerda oportunista nunca ligou para a realidade. Mas
é importante que o indeciso saiba: ao votar no ladrão socialista, não é Arminio
que ele vai levar para casa, e sim Boulos, Dirceu e Janones!
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Revista Oeste, nº 134, 14-10-2022
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