domingo, 21 de setembro de 2014

[Varig/Aerus] Securitização

José Manuel
Nome bonito, complicado, atraente e, como não poderia deixar de ser, estrangeiro (securitization), com forte apelo e, preferencialmente, americano (do norte, é claro), porque aqui nós não criamos nada, tudo copiamos.
Vamos lá:

Entre 1950 e 1970, o aumento demográfico aumentou a necessidade de concessão de crédito à habitação, principalmente nos subúrbios dos Estados Unidos. A par de uma redução do capital dos bancos financiadores desses créditos, a solução para responder à crescente necessidade de possíveis mutuários passou pela securitização de ativos imobiliários. Posteriormente, na década de 80 a atividade se espalhou para outros produtos, passando a operar, além dos ativos imobiliários, ativos de alienações fiduciárias de veículos. Mas foi nas décadas de 90 e 2000 que a securitização evoluiu e atingiu novos mercados, passando a atuar juntamente ao comércio, à indústria, às operadoras de cartões de crédito. No início da primeira década de 2000, enquanto o mercado de securitização crescia, os bancos estavam confiantes que poderiam vender hipotecas dos seus balanços facilmente. Esta redução de risco diminuía os padrões de empréstimo, onde os bancos chegavam mesmo a emprestar a mutuários sem qualquer credibilidade financeira, os tais apelidados de NINJA, que eram pessoas sem rendimento, sem emprego e sem ativos (NINJA = No Income, No Jobs and Assets). Esta nova conduta estaria na base da Crise econômica de 2008-2009.

Você, participante do AERUS, que apenas e nada mais deseja se não o recebimento o mais rápido possível do que lhe foi roubado, entendeu algo do que está escrito acima, em negrito?
Não? Nem eu.

Pois é, mas é exatamente isso que certos setores que só se aproximam quando o sujeito lá em cima, na gávea, grita "dinheiro à vista", para tentar usufruir de uma grana livre e esperta que não lhes pertence, aparecem como aves de rapina.

Não vou entrar em mais detalhes, até porque seria desnecessário fazê-lo, mas vale ler somente os tópicos das desvantagens:


1º) o custo da operação e da complexidade do procedimento (você entende disto?);
2º)  as despesas importantes durante uma primeira operação, tendem a diminuir sensivelmente para as operações a seguir (você acredita?);
3º) a transferência do risco vai para os investidores com a certa desvantagem para os investidores (é mesmo?)

É isso mesmo que você desejaria para o seu dinheiro do AERUS?
Pois é exatamente isso que os cantos de sereias estão tentando fazer com você. Prepare-se, porque vai ser incomodado e muito com apelos externos ao seu grupo, sequiosos de usufruir da sua desgraça.

Repito, esteja preparado para rechaçar qualquer tentativa de ser envolvido, quando o dinheiro da Varig (defasagem tarifária) for destinado ao AERUS, pois o próprio irá rejeitar frontalmente qualquer tentativa de o quererem securitizar.

A nós, somente interessa que esse dinheiro que nos pertence, nos seja pago na forma de um pagamento mensal ou, se for acordado, pelo pagamento de sua reserva matemática, de uma vez, cancelando o fundo de pensão.
Está claro?

Esta palavra (securitização), vai começar a aparecer em sua vida como o ar que você respira, mas, por favor, não caia em conversa fiada, chega de desgraças na nossa vida e passe a acreditar em quem tem o respaldo para o representar, e esse respaldo chama-se APRUS seu representante junto ao AERUS.
                                                        
Acredite em mim, que pertenço ao seu grupo vilipendiado, pois afinal estou lutando com unhas e dentes e com toda a minha força para que tenhamos os nossos proventos integrais pagos, após termos vencido estas batalhas jurídicas. Nunca assine nada, que não seja um documento oficial do AERUS que o habilitará ao recebimento final do seu salário ou a sua indenização total. 
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 21-9-2014

2 comentários:

  1. NADA SR.José Manoel, substitui o pagamento das pensões.
    A não ser que mude a política econômica o recebimento das reservas matemáticas será outro suicídio, com os juros praticados no mercado interno e os impostos sobre eles.
    Uma pessoa com 1 milhão de reais na poupança hoje em dia tira 48000 reais por ano, sem contar a desvalorização monetária, e esses juros é menos da metade do que receberiam alguns do plano 2.
    Minha reserva matemática é 689 mil reais, minha pensão seria algo em torno de 5000 por mês, se recebo essa reserva integral sem os descontos que se farão necessários, inclusive de quase 30% de imposto de renda, receberia na poupança cerca de 2700 reais por mês.
    Se tentarmos uma portabilidade do valor será menor ainda.
    A única solução viável é o pagamento mensal das pensões.
    Façamos o cálculo inverso. Com o pagamento das pensões temos de receber cerca de 84 meses de diferenças, que no meu caso seria em torno de 320 mil reais.
    O pior que eu vejo nessa situação será uma nova administração do fundo perniciosa e ineficiente, e é nessa nova administração que algumas entidades estão de olho. Não falo de nenhuma em singular ou plural. Vejo que o pagamento através do governo é o único honesto.
    Qualquer tentativa em colocar o dinheiro em um novo AERUS, será colocar tudo nas mãos de pessoas não confiáveis, mesmo que façamos a nós mesmos essa administração, sou à favor da máxima que o poder corrompe.
    Quando saí tinha 1200 reais do FAD do SNA para receber, foi roubado o fundo, e o sindicato até hoje não nos deu uma posição solícita e direta. Isso faz 15 anos. Construíram imóveis com o FAD e a pergunta que ficou no ar, quem roubou?
    Quem se beneficiou?
    O que foi feito para ressarcir nossos direitos?
    O OLHO GRANDE não é para o governo nos pagar, é para administrar o nosso dinheiro.
    Uma coisa é certa se o MPS pagar será garantido, se entregarmos a administração nas mãos de determinados grupos será uma incógnita.
    bom dia...

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