Praias de Sacavém, que
Lemnoria
Orna cos pés nevados e
mimosos,
Gotejantes penedos
cavernosos,
Que do Tejo cobris a
margem fria:
De vós me desarreiga a
tirania
Dos ásperos Destinos
poderosos;
Que não querem que eu
logre os amorosos
Olhos, aonde jaz minha
alegria:
Oh funesto, oh penoso
apartamento!
Objeto encantador de meus
sentidos,
A sorte o manda assim, de
ti me ausento:
Mas inda lá de longe os
meus gemidos
Guiados por Amor,
cortando o vento,
Virão, ninfa querida, a
teus ouvidos.
Bocage
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