José Manuel
A palavra que é o título deste
texto foi dita, gravada e filmada, quando do discurso da presidente brasileira
na última assembléia da ONU, no dia 24-09-2014.
Fiquei intrigado, fui procurar
no Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa o seu significado e a resposta foi de que a referida
palavra não consta em seus arquivos linguísticos.
Não conformado, fui ao
dicionário da língua Portuguesa Michaelis,
e a resposta foi semelhante mas de forma diversa, tal como nenhuma
palavra encontrada.
Pode também ser um pleonasmo
vicioso, que demonstra o desconhecimento do idioma, como uma repetição
desnecessária de algum termo na frase. Essa não é uma figura de linguagem, mas
sim, um vício de linguagem chulo como, por exemplo, subir para cima,
entrar para dentro, etc
Bom, se a palavra dita pela
presidente, não é palavra reconhecida no idioma pátrio, então o que
significará mesmo o uso indevido?
Neologismo puro
e irresponsável com o idioma, sem saber o que está falando, inventa
qualquer coisa que lhe vem à mente. Vejamos:
Neologismo é um fenômeno
linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na
atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente. Pode ser fruto de um
comportamento espontâneo, próprio do ser humano e da linguagem, ou artificial,
para fins pejorativos ou não.
Luiz de Camões, o " Pai
" da língua Portuguesa, deve ter ficado horrorizado com o uso indevido do
idioma, principalmente num fórum mundial de nações em que a diplomacia
mundial, portanto, a elite dos idiomas, se encontrava presente. Além de outras
conotações e discursos não conformes ao cargo e ao ato público, o uso de
neologismos com o idioma, nos deixa perplexos diante de tal ocorrência.
As últimas três presidências,
na república brasileira, têm usado e abusado de fatos esdrúxulos,
completamente fora do contexto, como este, nos relegando a párias de um idioma
falado em quatro cantos do mundo, nos tornando uma nação ridícula perante o
mundo ao não preservar fielmente o que mais precioso tem: a sua identidade
cultural, portanto, a sua língua.
E por falar em idioma, o
acrônimo ou sigla, como queiram, AERUS, designa uma
instituição misto de captação de recursos e seguro social, está
perfeitamente em acordo com a morfologia da língua Portuguesa, uma vez que a
mesma o permite. Está portanto certo.
O que não está certo foi ter
sido idealizado e fundado em um país onde assassinam as palavras de forma já
conhecida.
Se contra o idioma pátrio se
perpetram os maiores atentados, publicamente, o que dizer de atitudes
contra fundos eminentemente sociais, com resultados ultrajantes a cidadãos
indefesos.
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 26-9-2014
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 26-9-2014
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