José Manuel

Parafraseando Yair, o que será
que teríamos que ter feito desde que nos filiamos a uma agremiação que iria
gerir o nosso futuro ?
Por que não nos levantamos
contra a iminente, clara, cristalina como água, perda da nossa empresa para
interesses espúrios e os enfrentamos à altura como deveríamos ter feito?
Não temos as respostas que
gostaríamos, por mais que as procuremos, muito menos ao longo de tanto tempo, o
que teríamos que ter feito contra isso, mas a única certeza é a de que sem as
respostas os participantes do AERUS, também foram jogados numa espécie de
holocausto social, disfarçado pelo poder constituído, ou então numa Jihad
Islâmica surpreendentemente próxima pela declaração na ONU, em que nossas
cabeças foram sendo cortadas ao longo de oito anos de horror.
Mais uma vez e, como a palavra
final de Yair, nunca teremos essas respostas, mas com toda a certeza nunca mais
embarcaremos nas conversas políticas bonitas e juridiquês inintelegível que nos levaram a
um nível de sofrimento sem par em nossas vidas.
Assim como o holocausto Judeu,
a história também nos reservou uma parcela hedionda de sofrimento que jamais
vamos esquecer.
José Manuel, ex-tripulante Varig, 25-9-2014
NUNCA MAIS!
O holocausto força-nos a
perguntar as seguintes questões:
O que eu teria feito?
O que teria feito se fosse um
judeu em Berlim, em 1933, quando Hitler ascendeu ao poder?
Teria fugido?
Teria vendido a minha casa e
abandonado meu trabalho?
Retirado meus filhos da escola
no meio do ano?
Ou teria dito a mim mesmo:
isto vai passar, é só um momento de loucura, Hitler só disse estas coisas
porque é um político procurando se eleger. Sim, ele é antissemita, mas quem não
é?
Já vivemos tempos piores do
que este. É melhor esperar, manter minha cabeça fria. Isto passará.
O que eu faria se fosse um
cidadão alemão, em Berlim no dia 18 de outubro de 1941, quando o primeiro trem
partiu conduzindo 1.013 judeus, entre crianças, mulheres e velhos, todos destinados
a morrer?
Não pergunto o que teria feito
se fosse um nazista, mas o que teria feito se fosse um cidadão honesto
testemunhando esse fato no local?
Um cidadão alemão, de minha
idade, com três filhos como eu. Um homem que educou seus filhos nos princípios
da decência, do direito inalienável à vida e ao respeito. Teria eu permanecido
em silêncio? Teria protestado?
Teria eu sido um dos numerosos
berlinenses que tentaram incognitamente resistir ao nazismo, ou dos que
continuaram vivendo como se nada estivesse acontecendo?
Ou o que teria acontecido se
eu fosse um dos 1.013 judeus naquele trem? Teria embarcado?
Teria escondido minha filha de
dezoito anos nas florestas do norte?
Teria dito aos meus dois
filhos homens para que lutassem até a morte?
Jogaria fora minha mala e
sairia correndo?
Ou atacaria os guardas em seus
uniformes negros e morreria honrada e corajosamente, rapidamente, ao invés de
vagarosamente torturado e faminto?
Penso saber a resposta, e você
também.
Nenhum - NENHUM - dos 1.013
judeus que partiram para a morte lutou contra os guardas.
Nem eles nem os milhares que
os seguiram partindo desta mesma plataforma.
Meu avô, Bela Lampel, também
não o fez, quanto um soldado alemão, tirou-o de casa, tarde da noite de 18 de
março de 1944.
“Bitte” disse a mãe dele,
minha bisavó Hermine, para o soldado alemão. Ela lentamente ajoelhou-se e
abraçou as botas do soldado. “Bitte, não esqueça que você também tem uma mãe”.
O soldado não disse uma só
palavra. Ele não sabia, que da cama, escondido sob o colchão, meu pai tudo
observava. Um jovem judeu de 13 anos, que de um dia para o outro virou um
homem.
Por que eles não lutaram? Esta
é a pergunta que me assombra. Esta é a pergunta que o povo judeu não sabia
responder desde a partida do último trem para Auschwitz.
E, a resposta – a única
resposta – é que não acreditavam, que a maldade suprema existia, mas agora
sabem e acreditam, e como!
Sabiam na época, naturalmente,
que existe gente má no mundo, mas não acreditavam na maldade suprema, na
maldade organizada, sem perdão ou hesitação, maldade fria que os visualizavam
mas não os viam, nem por um momento como seres humanos.
Pela ótica de seus assassinos,
eles não eram pessoas. Não eram pais, mães e filhos. Nunca haviam celebrado o
nascimento de um filho, nunca se apaixonaram, nunca levaram seu velho cão para
passear, às duas da manhã, ou riram até chorar ao assistir uma comédia
inesquecível.
É só isso que você precisa
para assassinar seu semelhante. Estar convencido que ele não é um ser humano.
Estar convencido que ele não é um homem na acepção antropológica da palavra.
Quando esses assassinos
olhavam para os prisioneiros nos trens que partiam das plataformas em sua
jornada final, não viam pais e mães, mas só JUDEUS.
Não eram poetas ou músicos,
mas só JUDEUS.
Não eram Herr Braun ou Frau
Schvartz, mas só JUDEUS.
A “DESTRUIÇÃO” começa com a
perda provocada da identidade.
Não traz surpresa, que a
primeira coisa que ocorria quando chegavam em Auschwitz, era tatuar um número
em seus antebraços.
É difícil matar Rebecca
Grunwald, uma linda e graciosa jovem de 18 anos, mas uma judia número 7762 A, é
fácil de matar, mesmo quando continue a mesma pessoa.
Setenta e cinco anos mais
tarde, sabemos um pouco mais? Entende-se mais?
O Holocausto coloca aos olhos
de Israel um desafio duplo: Por um lado nos é ensinado que devemos sobreviver a
qualquer custo, e sermos capazes de nos defender a qualquer preço.
Trens lotados de judeus nunca
mais partirão de plataforma alguma, seja qual for o destino e o lugar no mundo.
A segurança do Estado de Israel e seus cidadãos deve estar para sempre nas mãos
de seus habitantes exclusivamente, sejam judeus ou não.
Temos amigos, e estaremos em
companhia dos mesmos. A nova Alemanha, já provou sua atual amizade a Israel,
mas não podemos nem devemos confiar em ninguém a não ser em nós.
Por outro lado, o Holocausto
nos ensinou, que independentemente de qualquer circunstância, devemos ser e
permanecer sempre como um povo e Estado com sentimentos e moral elevada.
A moral humana não é avaliada
quando tudo caminha normalmente, ela é julgada pela nossa habilidade em ver e
sentir o sofrimento de terceiros, mesmo quando temos razões bastantes para ver
exclusivamente os nossos.
O Holocausto não pode ser
comparado, e não deve sê-lo, com qualquer outro evento na história humana. Foi,
nas palavras de K. Zetnik, um sobrevivente de Auschwitz, “um outro planeta”.
Não devemos comparar, mas
devemos sempre lembrar o que aprendemos.
A guerra que travamos hoje,
que parece continuar, e que o mundo civilizado – quer queiram, quer não – será
parte dela, fundamenta as duas lições que tiramos do Holocausto, colocando
infelizmente uma diante e oposta a outra.
A necessidade de sobreviver
nos ensina como sermos combativos para nos defender.
A necessidade de permanecermos
politicamente corretos, mesmo quando a imoralidade nos rodeia, nos ensinaa minimizar o sofrimento humano tanto quanto
possível.
Nossa conduta moral não é
avaliada em um laboratório esterilizado ou em um livro de filosofia.
Nas últimas semanas, nossa
avaliação perante a opinião pública mundial e principalmente pela mídia
internacional facciosa como sempre em relação a Israel, foi feita durante
intensa troca de foguetes e bombardeios.
Milhares de foguetes foram
lançados contra Israel, enquanto terroristas armados do Hamas continuavam a
cavar túneis que os levavam a jardins de infância, com o objetivo de raptar e
matar nossas crianças.
Qualquer um que nos critique
deve fazer a si uma única pergunta: “O que você faria se viesse à escola de
seus filhos um terrorista do Hamas armado com uma metralhadora e começasse a
atirar?”
O Hamas, ao contrário do que
fazemos, quer matar JUDEUS. Jovens ou velhos, mulheres ou homens, soldados ou
civis.
Não veem diferença, pois para
eles, não somos pessoas. Somos JUDEUS, razão bastante para tentar nos matar,
exatamente igual aos nazistas.
Nosso termômetro moral, mesmo
nessas circunstâncias, é continuar a distinguir entre inimigos e inocentes.
Cada criança que morre em
Gaza, faz sangrar nosso coração. Eles não são do Hamas, não são inimigos, são
apenas crianças.
Israel é o primeiro e único pais,
em toda história mundial militar, que informa seus inimigos previamente quando
e onde vai atacar, a fim de evitar feridos civis.
Israel é o único país que
transfere alimentos e medicamentos aos seus inimigos mesmo durante o embate.
Israel é o único país em que
pilotos abandonam suas missões quando identificam civis no solo a ser
bombardeado. Assim mesmo, crianças morrem, e crianças não existem para morrer
assim.
Hoje na Europa, e como em todo
mundo, seus habitantes estão confortavelmente sentados em seus lares, vendo as
notícias do dia, e comentando como Israel está falhando em sua estratégia de
autodefesa. Por quê?
Porque em Gaza pessoas sofrem
e morrem. Não entendem – ou não querem entender – que o sofrimento em Gaza, é a
MAIOR ARMA DA SUPREMA MALDADE - OU SEJA - DO HAMAS.
Quando tentamos explicar a
todos, minuto a minuto, dia após dia, semana após semana, que o Hamas usa seus
filhos, suas crianças, como escudos humanos, pondo-os na linha de fogo
intencional e cruelmente, para assegurar que vão morrer, esse diabólico Hamas,
sacrifica essas vidas jovens e promissoras para vencer sua guerra de
propaganda, e assim mesmo a opinião pública mundial não judaica, recusa-se a
acreditar nisto. Por quê?
Porque, não conseguem
acreditar que seres humanos – seres humanos que parecem sê-lo, e soam como se
fossem – são capazes desse comportamento diabólico.
Porque, pessoas de bem,
recusam-se a reconhecer essa suprema maldade, só quando já é muito tarde.
Dia a dia, perguntamos a nós
mesmos, porque a humanidade prefere nos criticar, mesmo quando fatos gritantes
e incontroversos indicam o contrário.
Hoje, mundo afora, fanáticos
muçulmanos estão massacrando outros muçulmanos. Na Síria, no Iraque, na Líbia e
na Nigéria morrem mais crianças em um dia, do que em Gaza em um mês.
Cada semana, uma mulher é
sequestrada e estuprada, homossexuais são enforcados e cristãos decapitados.
Enquanto isso o mundo observa, calma e educadamente, voltando obsessivamente a
condenar Israel por tentar se defender e a seus cidadãos.
Parte dessas críticas vem de
antissemitas. Mais uma vez, emerge o monstro do preconceito. Mas não perdem por
esperar, lutaremos contra vocês sempre, em qualquer tempo e lugar. Os dias em
que os judeus silenciavam já eram.
Nunca mais calaremos face o
antissemitismo travestido de antiisraelismo, e esperamos que cada governo, em
cada país, com o bom senso de todos os governantes, ombro a ombro ajude-nos a
combater essa maldade suprema que insiste em reviver.
Muitos preferem nos criticar e
focar sua raiva sobre nós, porque sabem que somos os únicos que os ouvimos
porque defendemos todos os pontos em que o Hamas é contra, como direitos
humanos, racionalidade, liberdade para os gays, direito das mulheres, liberdade
de religião e de opinar.
Não nos deixemos enganar. A
suprema maldade está aqui. À nossa volta. Está procurando vigorosamente nos
ferir.
O fundamentalismo muçulmano é
a mais recente manifestação da suprema maldade, e como o nazismo que o
precedeu, nos ensinou como usar nossas estratégias para nos defender.
Diabolicamente usam nossa
incapacidade de aceitar que seres humanos utilizem e matem seus filhos e
cidadãos civis em geral, para vencer uma guerra de propaganda, materializada
pela captação por uma lente de TV, de um cenário de morte e sofrimento que
circulará pela mídia internacional na sua perseguição infinita contra os judeus
e o Estado de Israel.
Finalmente, quero alertar aos
líderes do Hamas, do Estado Islâmico ou ISIS, que nunca estarão seguros onde
quer que estejam enquanto continuarem a matar vítimas inocentes.
Assim como os principais
líderes do Ocidente, continuaremos a perseguir até a extinção esses assassinos
do Hamas e seus parceiros.
Essa suprema maldade que
Israel enfrenta hoje, a Europa já sabe, que se falharmos ao tentar detê-los,
eles serão os próximos alvos.
Nunca mais embarcaremos nos
trens da morte, esteja o Mundo certo disso!
Shalom!
Yair Lapid é jornalista e ministro das Finanças de Israel, agosto
de 2014
Certamente muitos dos partícipes na reunião da ONU ficaram perplexos com a declaração da nossa chefe de Estado , ao se referir às atrocidades da horda de "psicopatas" autoproclamados " Estado Islâmico" . Segundo a presidente , um diálogo junto àqueles extremistas seria o melhor caminho, em vez de ataca-los com mísseis teleguiados ou lançando constantes bombardeios sobre os covis dos ensandecidos pelo terror , em terras sírias e iraquianas . Seguindo ela , isso fomenta a violência . E o que pratica o EP ( Estado Petista) contra o povo brasileiro , em especial
ResponderExcluircontra os idosos , aposentados, inválidos nos hospitais e todos os que ficam à mercê dos conflitos urbanos nas grandes ( e pequenas ) capitais brasileiras ?
A ideologia extremista petista de essência Gramscista ( Antônio Gramsci) pratica n'outra roupagem os mesmos atos daqueles fundamentalistas islâmicos : decapitam pelo cérebro a dignidade do cidadão , na tentativa de ascender e consolidar a perpetuação no poder a todo custo .
As constantes invasões de terras do alheio , se consumadas , poderiam muito bem se transformar num "califado à brasileira" , demarcando uma nova região dentro de um país ( Ou não ?)
Mas o Mestre dos Mestres , o Grande Arquiteto que a tudo assiste, proverá a solução .
Para nós e para o mundo conturbado .
Viva a Pátria brasileira !
Sidnei Oliveira
Assistido Aerus - Rio de janeiro