Empresas federais foram incluídas no Plano
Nacional de Desestatização
Pedro Rafael Vilela e Wellton
Máximo
Nove empresas federais serão
incluídas no Plano Nacional de Desestatização (PND), anunciaram nesta
quarta-feira (21) os ministros chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. O governo abriu estudos ou atualizou
normas para que os Correios e mais oito companhias da União sejam privatizadas
(total ou parcialmente) ou firmem parcerias com a iniciativa privada.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
A decisão ocorreu depois da
10ª reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa
Civil. O secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, e a secretária
especial do PPI, Martha Seillier, também participaram do anúncio.
Além dos Correios, o
governo decidiu abrir estudos para privatizar a Telebrás, o Porto de
Santos, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev)
e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Também foram abertos processos
de desestatização da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores (ABGF),
da Empresa Gestora de Ativos (Emgea), do Centro de Excelência em
Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e da Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
O Conselho do PPI também
aprovou a nova modelagem para a concessão da Lotex, serviço de Loteria
Instantânea Exclusiva, e a venda de 20 milhões de ações excedentes da União
no Banco do Brasil, volume que pode render até R$ 1 bilhão à União sem
prejudicar o controle do governo sobre o banco estatal.
Com as decisões de hoje,
sobe para 18 o número de ativos federais (empresas, ações e serviços) incluídos
no PPI. Na última reunião, em maio, o governo tinha aberto estudos para
privatizar a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de
Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).
A Eletrobras, as
Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), a Casa da
Moeda, o porto de São Sebastião e a Companhia Docas do Espírito
Santo (Codesa) também estão incluídos no PPI. Segundo Onyx Lorenzoni, os
decretos de privatização dessas companhias podem sair nos próximos dias.
Estudos iniciais
Segundo Seillier, a abertura
de estudos não indica necessariamente que uma empresa será privatizada. O
objetivo inicial dos estudos, ressaltou, consiste em analisar a viabilidade
econômica da companhia e o impacto positivo de parcerias com a iniciativa privada.
“Essas estatais que estão para
estudos são justamente para gente avançar, inicialmente, numa avaliação técnica
de quais as formas de parceria possíveis, para depois ter ou não uma
decisão do conselho de ministros em relação à desestatização e o seu formato”,
explicou.
O ministro da Infraestrutura
afirmou que o futuro dos empregados públicos concursados das estatais que
poderão ser privatizadas será definido caso a caso, dependendo da forma de
desestatização. “Posso ter uma abertura de capital, posso ter uma
venda de ações, posso ter uma concessão do serviço com a manutenção
da autoridade pública, posso ter a privatização da companhia. Para
cada uma das soluções que a gente colocar na mesa, tem uma equação diferente
para a questão dos servidores. A gente vai tentar chegar à solução que maximize
o retorno para o Estado”, declarou.
Concessões
O Conselho do PPI também
aprovou a concessão dos parques nacionais dos Lençóis Maranhenses (MA) e
de Jericoacoara (CE) e a renovação da concessão do Parque Nacional do Iguaçu
(PR).
Também foram abertos estudos
para viabilizar parcerias público-privadas para o saneamento básico, o
tratamento de resíduos sólidos, creches, presídios e unidades socioeducativas,
projetos de iluminação pública e a administração de parques.
O conselho aprovou também a
nova modalidade operacional da concessão da BR-101, em Santa Catarina. O
vencedor será aquele que oferecer o menor valor da tarifa básica de pedágio.
"Acho importante destacar as duas diferentes formas de incluir ativos no
PPI. A gente pode incluí-los para estudos na carteira, para amadurecer a
modelagem, depois a atração da iniciativa privada na parceria ou os ministros
podem optar diretamente por incluir no PND, que é o Plano Nacional de
Desestatização. Então, essas estatais que estão para estudos são justamente
para gente avançar, inicialmente, numa avaliação técnica de quais as formas de
parceria possíveis, para depois ter ou não uma decisão do conselho de
ministros em relação à desetatização e o seu formato."
Título e Texto: Pedro
Rafael Vilela e Wellton Máximo; Edição: Bruna Saniele – Agência Brasil, 21-8-2019
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