Lixxo tóxxico

José Manuel

Agora, que alguns dos que transformaram a vida de mais de 30.000 pessoas ao redor do mundo em trevas e dor, agora que, em parte, a justiça divina começa a ser sentida, temos a clara visão do lixxo altamente tóxxico que se locupletou em cargos dirigentes e políticos, contaminando com o seu veneno, com a sua podridão, milhares de pessoas que só queriam viver e trabalhar em paz.

O lixxo que representam é tão tóxxico, que contamina a eles mesmos com doenças que esperamos jamais ter na vida.

Não admito nem a mais remota hipótese de se chamar esse lixxo, de seres humanos. Não são.

São traidores, são bandidos, são corruptos, e assim a lei os sentenciou, não nós. São apenas lixxo.

O ser humano ao contrário é lindo, pois tem Deus em seu estado mais puro. O amor. Esse lixxo, não, tem apenas ódio e avidez por dinheiro alheio.

Há 10 anos o nosso país mergulhou nas trevas e não conseguimos entender o porquê.

Vá lá que não se deu a atenção devida a camadas da sociedade menos favorecidas. Vá lá que se relaxou com a cultura, com a saúde com a habitação. Mas chegar a este ponto? Como se um manto cinza, de carga negativa estivesse cobrindo o país, fazendo com que ele tenha chegado aos piores índices de tudo nos últimos anos.

Tudo dá errado! Distribui-se renda farta, onde se deveria dar trabalho, onde se deveria dar cultura. Entregam-se milhões de dólares a republiquetas ditatoriais, importam-se médicos sem a bela qualificação dos nativos, fomenta-se o racismo com as famigeradas cotas raciais. Meu Deus, que horror!, e eu nunca pensei em presenciar semelhante desastre.

Como fomos colocar alguém que mal sabe ler, e se jacta disso, para dirigir a pátria? Como?!

Como a Varig se deixou matar por um lixxo tão tóxxico? Ninguém pressentiu a carga maligna que estava a caminho?

Como o quinto maior fundo de pensão do país chegou a um ponto destes? Onde estávamos nós, que não fiscalizamos o nosso tesouro?

Agora são só perguntas, e não vamos ter as respostas para tanta ingenuidade de permitir e, pior, entregar de bandeja por três mandatos sucessivos a essas forças negativas os nossos destinos e o nosso país.

Ainda faltam muitos a serem presos e se o serão ou se os que já foram, lá vão permanecer, para nós é de somenos importância.

O que fica, é a nossa experiência do fracasso, a sensação de termos errado politica e intelectualmente.

Atribuir culpa a eles, é referendar a nossa omissão e tentar nos eximir de algo em que somos altamente responsáveis.

Acredito que o melhor a fazer neste momento é aprender com o erro cometido, lamber as nossas feridas, trabalhar com afinco e inteligentemente para recuperar o que é nosso, e esquecer definitivamente esse lixxo que, ao nos contaminar, deixa sequelas não apenas em nós, mas em nossos filhos, nossos netos, que durante este período de trevas e horror perderam a sua infância, a sua adolescência e alguns, até a própria vida.

Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante Varig, 67 anos, 25-11-2013