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Os black blocs (blocos
de negro) que atuam no Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro,
devem seu nome ao fato de se vestirem de preto e usarem máscaras e capuzes da
mesma cor.
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Não vamos entrar aqui na
discussão um tanto acadêmica para saber se eles são ligados ou não a movimentos
semelhantes que já atuaram na Europa, nos Estados Unidos ou no Canadá. Tal
discussão tem seu interesse, é claro, mas para efeitos deste artigo trataremos
outro ângulo de cogitações.
Por que são eles impunes? Quem
tem interesse nos quebra-quebras que promovem?
Utilizam uma tática de ação
direta, de corte anarquista, atacando, saqueando, roubando e destruindo o que
chamam de símbolos do capitalismo, como viaturas policiais, estações do metrô,
carros de luxo, agências bancárias, Mac Donalds. Têm ligações ideológicas
claras com o movimento anti-globalista dos Fóruns Sociais que se realizaram em
Porto Alegre e outras cidades.
Infiltram-se em manifestações
ou atuam por própria conta como criminosos comuns. Como não dependem de votos,
pouco se importam com o fato de que seu desprestígio é grande na população.
Vivem de ousadia e são protegidos pelo manto da impunidade. Ônibus foram
queimados e as forças da ordem hostilizadas. Chegaram a espancar um coronel da
PM, que só não foi morto em razão de um policial próximo ter sacado a arma.
Tal situação levou a polícia,
em alguns momentos, a endurecer a repressão, por meio de balas de borracha,
gás, bombas de efeito moral, sendo então asperamente criticada pela mídia, que
alegou “truculência” policial.
Quando alguns dos black blocs
são levados à delegacia, pouco depois são soltos, ou porque o delegado não
encontra respaldo legal para mantê-los presos, ou porque algum juiz manda
imediatamente soltá-los. Livres, daí a pouco voltam à carga.
O governo federal petista e os
governos estaduais de Rio e São Paulo, reúnem-se para estudar o caso, fingem
que vão tomar medidas, mas nada sai de concreto. Mais de uma pessoa com quem
conversei levantou a suspeita de que o PT estaria por trás dessas manifestações
de black blocs, os quais funcionariam como uma espécie de força auxiliar não
confessada do partido. Com que objetivo?
Sendo o PT um partido com uma
vocação totalitária, só teria a ganhar com uma desestabilização da sociedade
burguesa, que facilitasse o advento de um tipo de “chavismo” ou “castrismo”
brasileiro.
Ainda há pouco, por ocasião
das eleições internas do PT veio a furo a existência de uma ala fortemente
descontente com as alianças feitas pelo governo petista com partidos ainda não
radicalmente de esquerda.
Devido à opinião pública, o PT
não tem condições, ao menos de momento, de ostentar seu papel radical. A ação
dos black blocs traria algum respiro para esses descontentes e poderia apressar
os acontecimentos.
Tais conjecturas serão passíveis
de provas no futuro? Ou de desmentidos? Quem viver, verá.
Título, Imagem e Texto: Gregório Vivanco Lopes é advogado e
colaborador da ABIM,
27-11-2013
"Vivem de ousadia e são protegidos pelo manto da impunidade."
ResponderExcluirCreio que o escritor do artigo se perdeu no tempo e no espaço. Quem sempre viveu de ousadia e protegido pela impunidade ainda está no poder, ainda manobra os Três Poderes em detrimento de objetivos pessoais. Tem raízes que dispensam siglas partidárias porque se assemelham na prostituição. Esses passam pelo poder, deixam rastros de fome, ódio, sangue e destruição de milhões de brasileiros. Com a fúria com que partem diariamente, quebram: almas, vidas e dignidades. Somam-se e acumulam fortunas que nenhum black bloc sequer tem idéia de quanto custa.
Dayse