quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Longevidade... como?

Jonathas Filho
Um animal silvestre ou selvagem sabe como se conduzir durante a vida. Sabe onde encontrar comida, água e abrigo contra as intempéries. Se nenhum desastre ambiental ocorrer esse animal durará, no mínimo, o tempo médio de vida da sua espécie.  Na sociedade de consumo, mesmo que o homem saiba se conduzir dignamente, se fortalecendo fisicamente, emocionalmente, intelectualmente e  se antecedendo aos problemas da vida,  tentando se proteger dos “desastres” econômicos, financeiros e/ou políticos, se tornou muito difícil conseguir a longevidade que os seus antecedentes tiveram. O “tempo fecha”  a cada instante e nós  reagimos a isso, fazendo registros e posteriormente estatísticas para nos precaver no futuro, mas nem sempre tudo o que acontece agora tem o mesmo padrão do passado. 

Numa escala milimétrica, um grau quase não faz diferença, entretanto, observem a projeção de um grau numa escala quilométrica. 
O que acontece no depois, que é o nosso agora, não era previsto no antes do passado e em  1982, quando da fundação do AERUS,  tampouco tínhamos referências que pudessem nos prevenir de possíveis situações iguais a esta que vivemos agora. A idade adquirida  ano a ano nos enfraqueceu e nos  tornou mais frágeis. Temos de ter cuidados maiores e melhores.

Aquele pequeno degrau agora se mostra imenso e  assim temos de ter toda a prudência de não falsear o pé e cair dentro do espaço aberto pelo enorme ângulo formado. 
Metáforas à parte, tudo se torna mais difícil, mais perigoso. Apesar de toda a verdade ser exposta, demonstrando nossos direitos, as manobras de procrastinação tentam mudar a “cor” dessa verdade  para uma cor  eufemística, esvaziando seu sentido e paradoxalmente procurando torná-la menor e dissociá-la do direito que fazemos jus.

Longevidade assim, como? 
Não querem manter viva a verdade e aproveitando-se de burocráticas rubricas, diligenciam com a vagarosidade dos passos de formiga, e assim querem nos matar com o cansaço de tanto esperar. Aproxima-se célere o final deste ano, e 2014 está prestes a bater à nossa porta e entrar. Oito anos de lutas com tergiversações relativas aos  acordos propostos, acordos esses que não foram levados a cabo e nem ao fato. 
Delibera-se, delibera-se... e  sempre promessas, nada mais que promessas e... enquanto isso, o embuste pretende perpetuar-se.
Sobreviveremos para fazer valer o nosso direito das nossas aposentadorias do Aerus, mesmo que só possamos gritar? Estamos nos esforçando nisso, fazendo valer o que Nietzsche afirmou ao dizer que “aquilo que não  nos mata, nos torna mais fortes”. Sobreviveremos e prevalecerá a verdade, o direito e a justiça... ainda que à tardinha.
Título e Texto: Jonathas Filho, Comissário Varig – Aposentado Aerus, 26-11-2013

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