Na abertura do capítulo XII,
epílogo de seu livro Os sete matizes do
vermelho, o General Ferdinando de Carvalho transcreve palavras retiradas de
um documento comunista as quais transformou em epígrafe: “O que é moral para um membro do Partido? É tudo o que contribui para a
destruição da atual sociedade e a construção de uma nova sociedade. Tudo o que
nós fazemos e que possa contribuir para liquidar essa sociedade, e a conquista
de uma sociedade socialista e comunista é moral para nós. Nós somos contra a moral
burguesa. Mesmo os próprios conceitos de honra, honestidade, lealdade, nós os vemos
sob pontos de vista diferentes.”
O “Partido” é o PCB, mas
substituí-lo por PT não faz diferença. É apenas uma questão de siglas, já que o
mesmo conteúdo doutrinário destrutivo alimenta as duas facções sedentas de
poder. Ambas redutos de sectários da vilania vermelha, centros ativos de
agentes ocupados na corrosão dos pobres de espírito, mantidos na servidão dos
cartões mensais da Caixa, formam colaboradores de idênticas características
degenerativas da alma, por resultarem de raivosa misantropia fecundada em
concepções estéreis do conviver social.
Sendo a definição de moral
idêntica à seguida pela congregação de malfeitores que domina o país, há mais
de uma década, não são de causar admiração os atos prenhes de sabotagem contra
as instituições brasileiras, inclusive, a mais tradicional que é a do respeito
às anteriores disposições legais sacramentadas pelos antecessores desse cortiço
em que se transformou o congresso nacional.
A paralisação das forças
produtivas do país; a deseducação da sociedade, explícita na ostensiva
desobediência civil, alheia à realidade política da nação pela ausência de
consciência de brasilidade; o roubo desenfreado do dinheiro público; o cinismo
como argumento às falcatruas da ‘companheirada’ em todas as áreas desta
republiqueta sem mérito, sem crédito, dão mostras de que um século será
insuficiente para recompor as forças regenerativas deste país, destroçadas pela
inescrupulosa moral que norteia pensamentos e ações dessa máfia maldita.
A apologia ao niilismo que
conduz o Brasil ao espaço sombrio e lúgubre, onde já ocupam outros Estados
sul-americanos governados pela velhacaria parceira, faz parte do ritual dos
sacerdotes do conselho do mal, todos com um passado ainda muito vivo no
presente, e que deveriam prestar contas dos crimes cometidos, do dinheiro
afanado nesse longo tempo de engodo político para enriquecimento de pais,
filhos, amantes, amigos, secretárias, e obrigados a devolvê-lo à fonte de onde
foi gatunado.
Achegam-se a eles os adeptos
do desmoronamento do país, e o de menor destaque, Collor, fichinha na linguagem
própria a seus eleitores, não conseguiu com suas leituras de autoajuda (O poder sem limites, de Anthony Robbins,
por exemplo) equilibrar-se no seu autoritarismo. Nos áureos tempos da Casa da
Dinda, destrambelhando-se no jantar do deputado Onaireves Alves, desancou o seu
então desafeto, hoje amigo desde a infância, Sarney, com as expressivas
palavras: “Agora o Sarney falando de moralidade. Et caterva, ladrão da
história, falando em moralidade.”
Ingratidão total, pois o dono
do Maranhão foi quem lhe favoreceu, mantendo os bancos fechados por três dias
para que pudesse, ao assumir a presidência, pôr em prática a maior (para a
época) usurpação da poupança dos brasileiros, muitos levados à morte por não
poderem arcar com pagamentos de cirurgias já marcadas e demais compromissos.
Tudo pela ganância da mão grande e pesada do impulsivo e irresponsável
presidente que iniciava seu mandato com a decretação do maior roubo oficial até
então. Mais tarde, viriam os mensaleiros e outros que tais.
Sobre sua filha, a Roseana,
foi mais além: “A musa do impeachment e seu ex-marido não resistem a uma
investigação de dez minutos na Receita Federal.” E por que, caríssimo (à nação)
Collor, não houve a investigação?
Contemplou a imprensa, ainda
não vendida ou não totalmente, com as pérolas enxovalhadas de seu dicionário
escatológico: “Vou desmascarar esses caluniadores. Imprensa de m....Vão engolir
pela boca e por outros lugares o que disseram de mim. Imprensa marrom, imprensa
de m...., canalha.” E mais alguns exemplares retirados lá do fundo da fossa e
endereçados ao PMDB, ao Ulysses, etc., encontrados na VEJA, n.º 39, de
23/9/1992, p. 17.
Aliados, agora ao PT, por
interesses políticos ou por outros ainda urdidos nas cocheiras palacianas,
Sarney e Collor (faltou FHC) fizeram parte da comissão de frente na solenidade
macabra ofensiva à memória de João Goulart no seu último descanso, da qual se
ausentou (não a vi) a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, também
conhecida como Maria Quartel, agora, Maria Exumação. Ficou evidente, que ela
espalha a pólvora, risca o fósforo e vai para o seu gabinete assistir aos
estragos e deleitar-se com mais um ataque desvairado à Força Terrestre.
A quem essa senhora irá
incomodar futuramente, retirando de sua derradeira morada, para satisfação de
seus instintos perversos, de seu prazer trevoso, de seus objetivos
multimaquiavélicos?
Quanto à atabalhoada
guerrilheira presidente, a Mortiça desse filme mambembe de terror, não chorou
dessa vez, mas aparou as lágrimas (que cena!) da viúva-alegre, tão saudosa!
Seus desastrados assessores esqueceram, na Globo, o cristal japonês, aquele que
faz as lágrimas descerem das caras já ultrapassadas dos atores decadentes da
emissora falida.
Esperemos para saber qual o
novo espetáculo programado pela dona Maria, que não é parente da Primeira, a
Louca, mas que lhe copia as manias, para que saibamos qual o novo título que se
pespegará ao seu beato nome.
O Brasil precisa, com urgência,
recuperar a luz da harmonia interior, a unidade de sua gente, a integridade
territorial, banir, de vez, para o ostracismo político a confraria de
deprimentes personagens que infestam a vida pública nacional, infectando as
instituições e tentando transformar o brasileiro na sua imagem e semelhança.
Temos que reconhecer e
agradecer: só o carnaval e o futebol são os antídotos que salvam o povo de
assimilar tal cópia demoníaca.
Título e Texto: Aileda de Mattos Oliveira, Doutora em
Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa, 26-11-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-