terça-feira, 26 de novembro de 2013

Confraria macabra​​​​​

Aileda de Mattos Oliveira
Na abertura do capítulo XII, epílogo de seu livro Os sete matizes do vermelho, o General Ferdinando de Carvalho transcreve palavras retiradas de um documento comunista as quais transformou em epígrafe: “O que é moral para um membro do Partido? É tudo o que contribui para a destruição da atual sociedade e a construção de uma nova sociedade. Tudo o que nós fazemos e que possa contribuir para liquidar essa sociedade, e a conquista de uma sociedade socialista e comunista é moral para nós. Nós somos contra a moral burguesa. Mesmo os próprios conceitos de honra, honestidade, lealdade, nós os vemos sob pontos de vista diferentes.

O “Partido” é o PCB, mas substituí-lo por PT não faz diferença. É apenas uma questão de siglas, já que o mesmo conteúdo doutrinário destrutivo alimenta as duas facções sedentas de poder. Ambas redutos de sectários da vilania vermelha, centros ativos de agentes ocupados na corrosão dos pobres de espírito, mantidos na servidão dos cartões mensais da Caixa, formam colaboradores de idênticas características degenerativas da alma, por resultarem de raivosa misantropia fecundada em concepções estéreis do conviver social.

Sendo a definição de moral idêntica à seguida pela congregação de malfeitores que domina o país, há mais de uma década, não são de causar admiração os atos prenhes de sabotagem contra as instituições brasileiras, inclusive, a mais tradicional que é a do respeito às anteriores disposições legais sacramentadas pelos antecessores desse cortiço em que se transformou o congresso nacional.

A paralisação das forças produtivas do país; a deseducação da sociedade, explícita na ostensiva desobediência civil, alheia à realidade política da nação pela ausência de consciência de brasilidade; o roubo desenfreado do dinheiro público; o cinismo como argumento às falcatruas da ‘companheirada’ em todas as áreas desta republiqueta sem mérito, sem crédito, dão mostras de que um século será insuficiente para recompor as forças regenerativas deste país, destroçadas pela inescrupulosa moral que norteia pensamentos e ações dessa máfia maldita.

A apologia ao niilismo que conduz o Brasil ao espaço sombrio e lúgubre, onde já ocupam outros Estados sul-americanos governados pela velhacaria parceira, faz parte do ritual dos sacerdotes do conselho do mal, todos com um passado ainda muito vivo no presente, e que deveriam prestar contas dos crimes cometidos, do dinheiro afanado nesse longo tempo de engodo político para enriquecimento de pais, filhos, amantes, amigos, secretárias, e obrigados a devolvê-lo à fonte de onde foi gatunado.

Achegam-se a eles os adeptos do desmoronamento do país, e o de menor destaque, Collor, fichinha na linguagem própria a seus eleitores, não conseguiu com suas leituras de autoajuda (O poder sem limites, de Anthony Robbins, por exemplo) equilibrar-se no seu autoritarismo. Nos áureos tempos da Casa da Dinda, destrambelhando-se no jantar do deputado Onaireves Alves, desancou o seu então desafeto, hoje amigo desde a infância, Sarney, com as expressivas palavras: “Agora o Sarney falando de moralidade. Et caterva, ladrão da história, falando em moralidade.”

Ingratidão total, pois o dono do Maranhão foi quem lhe favoreceu, mantendo os bancos fechados por três dias para que pudesse, ao assumir a presidência, pôr em prática a maior (para a época) usurpação da poupança dos brasileiros, muitos levados à morte por não poderem arcar com pagamentos de cirurgias já marcadas e demais compromissos. Tudo pela ganância da mão grande e pesada do impulsivo e irresponsável presidente que iniciava seu mandato com a decretação do maior roubo oficial até então. Mais tarde, viriam os mensaleiros e outros que tais.

Sobre sua filha, a Roseana, foi mais além: “A musa do impeachment e seu ex-marido não resistem a uma investigação de dez minutos na Receita Federal.” E por que, caríssimo (à nação) Collor, não houve a investigação?

Contemplou a imprensa, ainda não vendida ou não totalmente, com as pérolas enxovalhadas de seu dicionário escatológico: “Vou desmascarar esses caluniadores. Imprensa de m....Vão engolir pela boca e por outros lugares o que disseram de mim. Imprensa marrom, imprensa de m...., canalha.” E mais alguns exemplares retirados lá do fundo da fossa e endereçados ao PMDB, ao Ulysses, etc., encontrados na VEJA, n.º 39, de 23/9/1992, p. 17.

Aliados, agora ao PT, por interesses políticos ou por outros ainda urdidos nas cocheiras palacianas, Sarney e Collor (faltou FHC) fizeram parte da comissão de frente na solenidade macabra ofensiva à memória de João Goulart no seu último descanso, da qual se ausentou (não a vi) a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, também conhecida como Maria Quartel, agora, Maria Exumação. Ficou evidente, que ela espalha a pólvora, risca o fósforo e vai para o seu gabinete assistir aos estragos e deleitar-se com mais um ataque desvairado à Força Terrestre.

A quem essa senhora irá incomodar futuramente, retirando de sua derradeira morada, para satisfação de seus instintos perversos, de seu prazer trevoso, de seus objetivos multimaquiavélicos?

Quanto à atabalhoada guerrilheira presidente, a Mortiça desse filme mambembe de terror, não chorou dessa vez, mas aparou as lágrimas (que cena!) da viúva-alegre, tão saudosa! Seus desastrados assessores esqueceram, na Globo, o cristal japonês, aquele que faz as lágrimas descerem das caras já ultrapassadas dos atores decadentes da emissora falida.

Esperemos para saber qual o novo espetáculo programado pela dona Maria, que não é parente da Primeira, a Louca, mas que lhe copia as manias, para que saibamos qual o novo título que se pespegará ao seu beato nome.

O Brasil precisa, com urgência, recuperar a luz da harmonia interior, a unidade de sua gente, a integridade territorial, banir, de vez, para o ostracismo político a confraria de deprimentes personagens que infestam a vida pública nacional, infectando as instituições e tentando transformar o brasileiro na sua imagem e semelhança.

Temos que reconhecer e agradecer: só o carnaval e o futebol são os antídotos que salvam o povo de assimilar tal cópia demoníaca.
Título e Texto: Aileda de Mattos Oliveira, Doutora em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa, 26-11-2013 

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