Telmo Azevedo Fernandes
O ataque terrorista em Bondi
Beach em Sidney, na Austrália, não foi apenas um massacre. Foi o resultado
previsível de uma escolha política feita durante anos: a escolha de tolerar,
normalizar e relativizar o intolerável. Esta tragédia foi mais uma vez seguida
pelos habituais minutos de silêncio, flores, comunicados oficiais, como é
típico na Europa e em Portugal em particular.
Na Europa ainda não aprendemos
que o terrorismo é um ataque ideológico cometido por pessoas concretas, movidas
por ideias concretas, contra o nosso modo de vida e a nossa civilização. A
Europa responde ao terrorismo com negação, slogans vazios e até com sentimentos
de culpa. Ao contrário de Israel que responde com realismo, age rapidamente e
não pede desculpa por se defender. Como vive sob ameaça constante há décadas,
em Israel a prioridade não é proteger narrativas, é proteger pessoas. A
prioridade não é evitar polémicas, é evitar funerais.
Em Portugal, durante anos,
temos ouvido que o perigo de terrorismo é alarmismo, discurso de ódio ou
islamofobia. Israel é um país mais honesto que o nosso porque sabe que esta
violência nasce da convicção de que o outro, em particular os judeus, não merece
viver.
Portugal gosta de se ver como uma ilha de brandos costumes e um país imune a este tipo de violência. Essa ilusão já custou caro a França, Bélgica, Alemanha, Austrália e a tantos outros. Mas Bondi Beach não é longe…
Contudo, não se protege uma
sociedade aberta fechando mercados de Natal, parques, praias e sinagogas nem
vivendo atrás de grades em espaços fortificados. Para impedir que o próximo
ataque aconteça dentro de portas as autoridades devem controlar quem se deixa
entrar no país e verificar que valores trazem consigo.
Mas sobretudo, a Europa e
Portugal deve ter a clareza moral e o discernimento de não procurar “explicar”
o terrorismo islâmico e antissemita como um falhanço social ou uma resposta a
agressão ficcionada. Deve tratar o antissemitismo e o extremismo islâmico como
uma ideologia de morte que precisa de ser contida.
A minha crónica-vídeo de
hoje, aqui:
Título, Texto e Vídeo: Telmo Azevedo Fernandes, Blasfémias, 17-12-2025
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