terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Não tem explicação: EUA retiram Alexandre de Moraes e a sua mulher da lista de sanções

Paulo Hasse Paixão

Os EUA retiraram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, da sua lista de sanções, na semana passada, depois de o terem incluído inicialmente pelo seu papel na condução do julgamento contra o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A mulher de Moraes e o Lex Institute, que ela dirige, também foram retirados da lista, de acordo com documentos do Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros do Tesouro.

O Departamento do Tesouro, que é dirigido por Scott Bessent, ex-gestor de fundos de investimento de George Soros, não ofereceu qualquer explicação sobre o motivo da retirada de Moraes da lista.

A administração Trump sancionou o juiz em julho, acusando-o de usar a sua posição para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão no Brasil.

Bolsonaro foi acusado de engendrar um plano para se manter no poder apesar da sua derrota nas eleições de 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acusações semelhantes às que o presidente Donald Trump enfrentou depois de uma multidão dos seus apoiantes se ter amotinado e entrado no Capitólio dos EUA em 2021, na sequência dos resultados eleitorais de novembro de 2020, que conduziram Joe Biden à Casa Branca.

Bolsonaro foi condenado e sentenciado a mais de 27 anos de prisão, pena que, dada a idade do ex-presidente, é equivalente a prisão perpétua.

Ao sancionar inicialmente o pidesco juiz brasileiro, o Departamento do Tesouro norte-americano citou a Lei Global Magnitsky de Responsabilização pelos Direitos Humanos, que visa autores de violações de direitos humanos e funcionários corruptos. Moraes afirmou que o uso da lei contra si foi “ilegal e lamentável”.

Também em Julho, a administração Trump impôs uma tarifa de 40% sobre os produtos brasileiros, além de uma tarifa de 10% decretada anteriormente, justificando as tarifas com o argumento de que as políticas do Brasil e o processo criminal contra Bolsonaro constituíam uma emergência económica.

No mês passado, Trump assinou uma ordem para remover algumas dessas tarifas.

Em Outubro de 2024, Elon Musk cedeu às exigências totalitárias do Juiz Moraes, que um mês antes tinha banido a plataforma X no Brasil, de forma a suprimir a liberdade de expressão no país. Musk pagou multas milionárias, denunciou – vergonhosamente – contas dissidentes, e cancelou outras (como a do colunista do Contra, Marcos Paulo Candeloro). Chegou até ao ponto caricato/escandaloso de silenciar contas de congressistas brasileiros democraticamente eleitos.

Agora, o regime Trump cede também perante um dos tiranos mais ferozes da América do Sul, que foi eleito por ninguém, confirmando, se preciso fosse, a deriva globalista do regime norte-americano.

Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 16-12-2025

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