segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Como os Gramscistas Tomaram o Brasil Sem Disparar Um Tiro

Marcos Paulo Candeloro

O Brasil é hoje uma ditadura não porque caiu num golpe com tanques e fuzis; ele foi coreografado com paciência, infiltrando-se nas mentes antes de tomar as ruas. E no centro disso tudo está Gramsci, o italiano que ensinou à esquerda como conquistar o poder sem disparar um tiro. Vamos destrinchar essa tragicomédia tropical e mergulhar fundo no legado de Gramsci, porque, acredite, ele é o roteirista invisível dessa novela. 

Quem Foi Antonio Gramsci: O Guru da Revolução Silenciosa

Antonio Gramsci (1891-1937) não era apenas um marxista com bigode estiloso; era um estrategista que percebeu que a revolução bolchevique, com seus fuzis e barricadas, não era o único caminho para o socialismo. Preso pelo regime fascista de Mussolini, ele passou seus últimos anos rabiscando os Cadernos do Cárcere, um compêndio de ideias que virou a Bíblia da esquerda moderna. Sua grande sacada? O poder não está só nas fábricas ou nos quartéis, mas na cultura, nas ideias, nas instituições que moldam o que as pessoas pensam. Para Gramsci, a verdadeira revolução começa conquistando a hegemonia cultural — ou seja, dominando o que ele chamava de “aparelhos ideológicos” do Estado: escolas, universidades, mídia, igrejas, tribunais.

Gramsci dividiu o poder em dois campos: a hegemonia (o controle das ideias, que convence as massas a aceitarem o sistema) e a coerção (a força bruta do Estado, como polícia e exército). Enquanto Lenin queria tomar o poder pela força, Gramsci dizia: “Primeiro, ganhe a cabeça das pessoas. O resto vem fácil.” Sua estratégia, conhecida como “guerra de posição”, era como cavar trincheiras culturais, infiltrando-se lentamente nas instituições até que a sociedade inteira pensasse como você. É como trocar o oxigênio do ar por gás carbônico: ninguém percebe até estar sufocando.

No Brasil, o PT de Lula leu Gramsci como se fosse um manual de instruções. Universidades foram transformadas em fábricas de quadros ideológicos, a mídia foi cooptada com verbas estatais, e o judiciário virou um palco onde juízes jogam para a plateia certa. O resultado? Uma sociedade onde questionar o STF é mais perigoso que traficar cocaína. E isso nos leva ao próximo ato dessa ópera. 

O Caos como Método — e a Profecia Ignorada de Olavo de Carvalho

Há quem ainda se iluda acreditando que o caos político, cultural e moral que vivemos é fruto de incompetência, de “erros de gestão” ou de simples degradação espontânea dos costumes. Essa é a mentira confortável que mantém boa parte do público anestesiada. Mas, como Olavo de Carvalho advertia desde os anos 90, o caos não é um subproduto: ele é o próprio método.

Olavo dizia — repetindo até a exaustão para ouvidos preguiçosos — que o avanço revolucionário contemporâneo não se dá mais por grandes rupturas espetaculares, mas por erosão incremental da realidade. A meta não é oferecer uma nova ordem funcional, mas implodir os alicerces da civilização ocidental, substituindo-os por uma arquitetura mental moldada pela ideologia. 

A Revolução Invisível

A lógica é simples, embora de difícil percepção para quem não tem treino filosófico:

Se você destrói a linguagem, destrói a capacidade de pensar.

Se destrói a moral, elimina qualquer parâmetro para julgar o certo e o errado.

Se destrói a razão, tudo se torna questão de “narrativa” — e quem controla a narrativa, controla a realidade.

Esse processo é deliberado. Não é coincidência que cada vez mais conceitos básicos — “homem e mulher”, “vida e morte”, “verdade e mentira” — sejam colocados em disputa semântica. O objetivo não é esclarecer, mas liquidar a possibilidade de consenso racional. E como Olavo alertava, sem razão comum não existe debate democrático: existe apenas poder nu e cru. 

A Cumplicidade do Mundo Livre

Um dos pontos mais amargos da denúncia olaviana era a percepção de que o Ocidente não apenas tolera o processo — ele o financia e legitima. Grandes instituições, organismos internacionais, bilionários filantrocratas, universidades e governos “moderados” participam de forma consciente ou por covardia funcional.

Olavo já havia explicado que a chamada “Nova Ordem Mundial” não é uma conspiração no sentido cinematográfico, mas uma convergência de interesses entre elites burocráticas, corporativas e ideológicas. A dissolução das soberanias nacionais e a padronização cultural são metas assumidas, ainda que disfarçadas de “inclusão”, “sustentabilidade” ou “combate à desinformação”. 

O Método da Asfixia Lenta

A genialidade perversa do modelo revolucionário moderno está no fato de que ele nunca assume sua face totalitária de forma aberta. Ele não precisa de campos de reeducação visíveis — basta saturar o espaço público com absurdos graduais até que a resistência se desgaste.

Olavo chamava isso de “o sapo na panela”:

1. Pequenas distorções introduzidas no vocabulário.

2. Leis vagas e moralmente dúbias aprovadas sob pretextos nobres.

3. Criminalização seletiva dos opositores enquanto se normaliza o crime “politicamente correto”.

4. Por fim, a naturalização do absurdo como se fosse parte inevitável do progresso humano.

Quando as pessoas percebem, já não conseguem mais lembrar como era viver num mundo com categorias estáveis.

O Foro de São Paulo: O Clube da Revolução com Wi-Fi e Passaporte Narco

Fundado em 1990 pelo PT de Lula, com Fidel Castro como padrinho de batismo, o Foro de São Paulo (FSP) é onde a esquerda latino-americana se reúne para planejar utopias socialistas e, segundo os mais desconfiados, trocar figurinhas com cartéis. Com mais de 120 partidos de 28 países, o FSP é a espinha dorsal de regimes como a Cuba de Díaz-Canel, a Venezuela de Maduro, a Nicarágua de Ortega e, agora, a Colômbia de Petro, que trocou o fuzil pela caneta, mas não o discurso. O objetivo? Compartilhar inteligência, treinar militantes e garantir financiamento para partidos filiados, tudo sob o pretexto de “integração regional” e “anti-imperialismo”.

As conexões com o narcotráfico são o elefante na sala que ninguém quer fotografar. As FARC, ex-guerrilheiras colombianas e amigas do FSP, financiaram sua revolução com cocaína por décadas. Maduro, outro membro VIP, governa um regime acusado de ser um narco-estado, com generais traficantes e bilhões lavados em paraísos fiscais. No Brasil, o PCC e o Comando Vermelho operam com uma desenvoltura que faria Tony Montana corar, movimentando bilhões via fintechs. O PT, claro, jura de pés juntos que é tudo coincidência, mas quando você vê o partido apoiando Maduro em eleições fraudulentas, fica difícil engolir a história do “somos só amigos”.

Lula é o maestro dessa orquestra. Ele abriu o FSP em 1990, voltou para liderar a festa em 2023, e transformou o Brasil num hub para a esquerda continental. O PT, com sua máquina de quadros e financiamento, é o motor do FSP, garantindo que a agenda socialista nunca saia de cartaz. José Dirceu, ex-braço direito de Lula, admitiu que o FSP foi desenhado para eleger líderes como Evo Morales e Rafael Correa. Missão cumprida, com direito a aplausos em Havana. 

Léo Lins: A Piada que Valeu Cadeia

Enquanto o FSP faz seu networking internacional, no Brasil, o judiciário decidiu que o crime mais hediondo é fazer rir. Léo Lins, humorista que ousou satirizar o STF e as elites políticas, foi condenado em 2025 a 8 anos e 3 meses de prisão por piadas consideradas discriminatórias contra minorias, com uma multa de R$1,4 milhão e indenização de R$303,6 mil. Seu celular, equipamentos e plataformas foram confiscados sem julgamento justo. No Brasil, um traficante pega 5 anos com tornozeleira; uma piada sobre o STF? Oito anos em regime fechado. Prioridades, né?

O caso de Lins é um outdoor brilhante da tirania judicial brasileira. O STF, com seus superpoderes autoatribuídos, decide quem pode falar o quê, enquanto jornalistas fogem para o exílio e plataformas digitais viram fumaça. O Washington Post chamou a condenação de ataque à liberdade de expressão. Mas, no Brasil, liberdade é um privilégio para quem concorda com o script

Eleições de 2022: Um Thriller com Final Manipulado

As eleições de 2022 foram um espetáculo de suspense, com Lula enfrentando Bolsonaro num ringue onde o árbitro parecia jogar para um lado só. Lula venceu com 50,9% contra 49,1%, mas o processo foi tão transparente quanto lama. Fernando Cerimedo, jornalista argentino, jogou lenha na fogueira ao apontar que o sistema do TSE é impossível de auditar.

Sem verificação independente, é como confiar que o cassino não manipula a roleta. E, para apimentar, a Fox News revelou que a CIA interferiu nas eleições para apoiar Lula. Soberania? Só no hino.  

O TSE, não satisfeito em ser árbitro, virou censor. Candidatos bolsonaristas foram silenciados, e Bolsonaro enfrentou barreiras legais para calar sua campanha. Após a eleição, acampamentos em frente a quartéis pediam intervenção militar, culminando no 8 de janeiro de 2023, com invasões ao Congresso, STF e Planalto. Vídeos deletados, suspeitas de infiltrados e omissões do governo sugerem que o evento foi, no mínimo, um presente para a narrativa oficial . Um roteiro digno de Hollywood, mas com consequências bem reais. 

Paralelos com os EUA: Um Espelho de Absurdos

Se você acha que isso é só um drama latino, olhe para os EUA. As eleições de 2020 foram um circo de denúncias de fraude, sistemas eleitorais opacos e o 6 de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio. Evidências de infiltrados federais e manipulações ecoam o 8 de janeiro brasileiro. Donald Trump, como Bolsonaro, foi alvo de uma caça judicial para bloquear sua candidatura, um padrão repetido com Edmundo González na Venezuela, Marine Le Penn na França e Nigel Farage no Reino Unido. Parece que o manual do “como esmagar a oposição” está em promoção global. 

Gramsci em Ação: O Aparelhamento como Arte

Gramsci não era só teoria; ele era um plano. No Brasil, o PT transformou suas ideias em realidade. As universidades viraram fábricas de militantes, formando quadros que hoje ocupam o STF, o TSE e a burocracia estatal. A mídia, comprada com verbas públicas e oligopólios regulados, dança conforme a música. As redes sociais? Alvo de uma cruzada regulatória, com AIs desradicalizantes e algoritmos que parecem programados por um burocrata cubano. O resultado é uma hegemonia cultural onde discordar é um esporte de alto risco.

E então entra o toque final: o narco-estado. O PCC e o Comando Vermelho, com seus bilhões e tentáculos internacionais, não são apenas bandidos; são parceiros de um sistema que tolera o crime enquanto persegue manifestantes. O PCC lava dinheiro via fintechs, e o CV controla favelas como feudos. Governos estaduais do PT são lenientes com traficantes, mas jogam a chave fora para quem carregava uma bandeira no 8 de janeiro. Justiça? Só para quem paga a conta. 

Por Que os Americanos Devem Acordar do Cochilo

“E eu com isso?”, você pergunta, entre um latte e um scroll no X. Tudo, meu amigo. O Brasil, 9ª maior economia do mundo, membro do G20 e BRICS, está virando um quintal de Rússia e China, com o FSP como porteiro. Isso é uma crise de segurança nacional para os EUA. O narcotráfico brasileiro, liderado por PCC e CV, inunda suas cidades com fentanil, sobrecarrega hospitais e dispara a violência em cidades-santuário. Suas fronteiras, já um queijo suíço, viram rodovias para cartéis e, quem sabe, terroristas disfarçados de “imigrantes”. Seu aluguel subiu? Sua emergência está lotada? Agradeça, em parte, ao narco-samba brasileiro. 

Conclusão: O Samba de Gramsci Continua

O Brasil não caiu numa ditadura com fuzis; ela veio com togas, verbas e um sorriso de campanha. Gramsci ensinou que o poder é conquistado nas ideias, e o PT aprendeu direitinho. Lula rege, o FSP aplaude, o STF sentencia, e o PCC faz a segurança. Para os EUA, isso não é um drama exótico; é uma ameaça que cruza fronteiras, enche suas ruas de drogas e desestabiliza o continente. O narco-estado brasileiro é uma obra-prima de cinismo, construída em salas de aula e selada com acordos sombrios. Enquanto você lê isso, o samba toca. Hora de parar de dançar e começar a agir.

Título e Texto: Marcos Paulo Candeloro, ContraCultura, 11-8-2025

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