sábado, 13 de dezembro de 2025

Magnitsky: quando a sanção some e a ilusão é vendida


Eduardo Brandão

A sanção desapareceu

Alexandre de Moraes, sua esposa e o instituto familiar deixaram a lista da Lei Magnitsky sem nota explicativa, sem despacho público, sem qualquer narrativa jurídica que sustente o gesto.
O fato ocorreu logo após encontros diretos entre Lula e Trump e conversas conduzidas pelo Itamaraty. O resto foi silêncio.
E então veio a versão conveniente: a de que tudo não passou de habilidade diplomática, jogo fino de negociação, triunfo da astúcia presidencial. Aplaudiram. Bateram palmas. Compraram a história como quem aceita moeda falsa por preguiça de conferir o relevo.

Mas a realidade é mais dura - e menos confortável.
A sanção não caiu por revisão técnica conhecida.
Não caiu por decisão judicial.

Não caiu por erro reconhecido.
Caiu por ato político do Executivo americano.
Dizer que isso é “vitória diplomática” não é ingenuidade: é empanamento deliberado. É estelionato moral. É chamar de virtude aquilo que, no mínimo, exige explicações severas.

A pergunta relevante não é se Lula interveio. Isso já foi admitido.
A pergunta essencial - e cuidadosamente evitada - é outra: o que foi colocado sobre a mesa?
O que se oferece quando se pede a retirada de uma sanção dessa natureza?

Alinhamento estratégico?
Concessões comerciais?
Compromissos diplomáticos silenciosos?

Flexibilização em temas sensíveis?
Ou acordos que jamais verão a luz do debate público?
Quando uma sanção grave nasce sem sentença e morre sem explicação, o recado é cristalino: não se trata de Direito. Trata-se de poder. De barganha. De conveniência.

E aí o problema deixa de ser apenas externo.
O Brasil se vê envolvido numa negociação institucional que toca diretamente um ministro da Suprema Corte. Isso não é detalhe. Isso não é rodapé. Isso é matéria de soberania, de transparência e de limites republicanos.
Nenhuma nação séria transforma reputação institucional em ficha de pôquer.

Nenhum Estado responsável negocia silêncio como se fosse diplomacia.
Se não houve contrapartida, expliquem.
Se houve, o país tem o direito de saber.

Chamar isso de genialidade política é subestimar a inteligência alheia… ou burrice mesmo!
Título e Texto: Eduardo Brandão, Facebook, 12-12-2025, 19h30

***

O Brasil só terá justiça quando o próprio povo assumir seu destino: de cabeça erguida, com coragem e determinação para lutar por liberdade.

Marina Helena, Facebook, 12-12-2025, 18h50 

***

Trump mostrou ao mundo que sem-vergonhas não merecem ser ajudados.
Nenhum COVARDE foi às ruas quebrar tudo, então mostramos contentamento.
Magnitsky pra quê?
Trump é presidente dos EUA, não do Brasil. A sobrecarga tarifária inflaciona preços por lá, e é de lá que ele cuida.
A Magnitsky? Ele deu a deixa, e o que fizemos? Nada.
Moraes e o STF conseguiram ser ainda piores que antes, e o que fizemos? Nada.
Então ele concluiu que estamos bem, e que não valemos a inflação que as tarifas poderiam provocar.
Sim, somos covardes, mas em fevereiro tem carnaval.
Se alegre.
 
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6 comentários:

  1. Na semana do MAIOR escândalo de todos envolvendo Alexandre, dos R$ 129 milhões do Banco Master, a Magnitsky é revogada. Impossível manter as esperanças nesse país...

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  2. O presente de Natal do governo dos EUA para o Brasil foi devolver o país à força política mais bem organizada daqui: corruptos e corruptores.

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  3. A retirada do ministro Alexandre de Moraes, sua esposa e o instituto do casal das sanções da Lei Magnitsky é a maior prova de que não devemos esperar nenhum tipo de ajuda ou suporte vindo de país estrangeiro. A verdade é que, somos nós, o povo brasileiro, que devemos arregaçar as mangas e lutar pelo nosso país. Qualquer solução fora disso será ilusão.
    O momento não é de baixar a cabeça, mas sim, de renovar as energias e partir pra cima!

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  4. Enquanto o povo morre de fome, de sede, de vontade de 'justissa' o dinheiro corre solto na tal capital do brazzzil. Brazzzil de merda, de cocô, de cagalhão. A capital do país é um grande penico de escremento podre, onde os porcos chafurdam e aproveitam para enlamearem o rosto disforme de um país que faz bom tempo deixou de existir. Viva o dinheiro. Vila a 'justisssa'. Viva o caos, a pouca vergonha, vivaaaaaaaa... a falta de brio e de vergonha de nossos representantes de merda.
    Carina Bratt, de Vila Velha ES

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  5. Vendo essas fotos acima, acho que vi, não, tenho certeza, vi sim. Acho que vi três ratos de esgoto. Que nojo! Eca! Escala Criminosa em Assenção.
    Carina Bratt, de Vila Velha ES

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  6. Tudo o dinheiro compra. Lisura, decôro, transparência, vergonha, dignidadade, honra... enquanto o vil metal falar mais alto, o povo sofrido que se foda.
    Carina Bratt, de Vila Velha ES

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