Paulo Hasse Paixão
Os EUA retiraram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, da sua lista de sanções, na semana passada, depois de o terem incluído inicialmente pelo seu papel na condução do julgamento contra o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
A mulher de Moraes e o Lex
Institute, que ela dirige, também foram retirados da lista, de acordo com
documentos do Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros do Tesouro.
O Departamento do Tesouro, que
é dirigido por Scott Bessent, ex-gestor de fundos de investimento de George
Soros, não ofereceu qualquer explicação sobre o motivo da retirada de Moraes da
lista.
A administração Trump
sancionou o juiz em julho, acusando-o de usar a sua posição para autorizar
prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão no Brasil.
Bolsonaro foi acusado de
engendrar um plano para se manter no poder apesar da sua derrota nas eleições
de 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acusações
semelhantes às que o presidente Donald Trump enfrentou depois de uma multidão
dos seus apoiantes se ter amotinado e entrado no Capitólio dos EUA em 2021, na
sequência dos resultados eleitorais de novembro de 2020, que conduziram Joe
Biden à Casa Branca.
Bolsonaro foi condenado e sentenciado a mais de 27 anos de prisão, pena que, dada a idade do ex-presidente, é equivalente a prisão perpétua.
Ao sancionar inicialmente o
pidesco juiz brasileiro, o Departamento do Tesouro norte-americano citou a Lei
Global Magnitsky de Responsabilização pelos Direitos Humanos, que visa autores
de violações de direitos humanos e funcionários corruptos. Moraes afirmou que o
uso da lei contra si foi “ilegal e lamentável”.
Também em Julho, a
administração Trump impôs uma
tarifa de 40% sobre os produtos brasileiros, além de uma tarifa de 10%
decretada anteriormente, justificando as tarifas com o argumento de que as
políticas do Brasil e o processo criminal contra Bolsonaro constituíam uma
emergência económica.
No mês passado, Trump assinou
uma ordem para remover algumas dessas tarifas.
Em Outubro de 2024, Elon
Musk cedeu às
exigências totalitárias do Juiz Moraes, que um mês antes tinha banido a
plataforma X no Brasil, de forma a suprimir a liberdade de expressão no país.
Musk pagou multas milionárias, denunciou – vergonhosamente – contas
dissidentes, e cancelou outras (como a do colunista do Contra, Marcos Paulo
Candeloro). Chegou até ao ponto caricato/escandaloso de silenciar contas de
congressistas brasileiros democraticamente eleitos.
Agora, o regime Trump cede
também perante um dos tiranos mais ferozes da
América do Sul, que foi eleito por ninguém, confirmando, se preciso
fosse, a deriva globalista do regime norte-americano.
Título, Imagem e Texto: Paulo
Hasse Paixão, ContraCultura,
16-12-2025
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