‘A inveja é triste e o invejoso é um infeliz’
Padre Francisco Faus
NAS MINHAS DANAÇÕES de hoje, gostaria, (se os caros leitores me permitirem, discorrer sobre a ‘INVEJA’ trazida à público no magnífico texto de Aparecido Raimundo de Souza, publicado aqui na ‘Cão Que Fuma’ no dia 15.04.p.p. Percebo que o assunto é um tema profundo e polêmico, e por ser dessa forma, é amplamente discutido na literatura, na filosofia e na psicologia, sendo frequentemente descrita como um sentimento estranho que pode corroer relações e gerar insatisfações. Nesse tom, como a inveja afeta relacionamentos pessoais? Em socorro a nossa indagação, a inveja, na concepção de Bob Jorge, descrita em seu livro ‘Inveja’ como um todo,’ ‘pode ter um impacto significativo nos relacionamentos pessoais, muitas vezes de maneiras sutis que vão se acumulando ao longo do tempo.’ Vamos ver abaixo, algumas formas em que ela pode afetar essas relações. A criação de ressentimentos, seria a porta de entrada. Quando alguém sente inveja de um amigo ou parceiro, pode desenvolver um sentimento de frustração e rancor, minando a conexão genuína entre as pessoas. Em seguida, viria a competição constante: Em vez de celebrarem conquistas uns dos outros, pessoas invejosas se enfurnam em um ciclo de rivalidade competitiva, tornando a relação desgastante.’’ Se isso entra em pauta, logo adiante aparece a diminuição da confiança. A inveja pode levar, e, de fato leva, a comentários negativos ou atitudes passivo-agressivas, tornando difícil contagiar plenamente a outra pessoa. No mesmo pacote, surge a desvalorização mútua.
E o que seria isso? ‘Quem sente inveja pode minimizar as conquistas do outro e, em contrapartida, a pessoa alvo da inveja na visão do padre Francisco Faus, em seu livro ‘A inveja’ ele observa que ela, começa a se distanciar para evitar conflitos. Impacto na autoestima, aparece num abrir e piscar de olhos. Em outras palavras, tanto quem sente inveja quanto quem é alvo dela podem sofrer abalos emocionais, afetando o bem-estar e a percepção de si mesmos. No entanto, uma saída: reconhecer a inveja e trabalhá-la de maneira consciente pode ajudar a fortalecer os laços e promover um ambiente de apoio mútuo.’’ O escritor Joaci Góes, em seu excelente trabalho ‘A inveja nossa de cada dia’, explica que ‘Praticar gratidão, celebrar conquistas alheias e desenvolver a autoconfiança são algumas formas de reduzir esses impactos negativos’. E exemplifica: ‘Vamos ver algumas dicas para fortalecer relacionamentos saudáveis. Construir e manter relacionamentos saudáveis exige intenção e dedicação. Aqui estão algumas dicas fundamentais para sedimentar os laços com as pessoas ao seu redor: Na sequência, deve existir uma comunicação aberta e honesta. Expresse, sempre que puder, seus sentimentos e pensamentos de maneira clara e respeitosa. Evite suposições e esteja disposto a ouvir ativamente. Empatia e compreensão, sempre. Procure se colocar no lugar do outro e tente enxergar as situações sob a perspectiva deles. Isso ajuda a evitar julgamentos precipitados e a fortalecer a conexão.’’
Mais adiante Joaci Góes fala de respeito às diferenças: ‘Cada pessoa tem sua própria personalidade, valores e experiências. Aceitar e valorizar essas diferenças torna o relacionamento mais equilibrado. Tempo de qualidade juntos: No meio da correria diária, reservar momentos para compartilhar experiências e criar lembranças fortalece vínculos e reforça a importância da relação’’. Na mesma linha de pensamento, ‘O Mistério da Inveja,’ de Eber Hernandes a gente sente que ele procura deixar claro que tudo deve partir da ‘Gratidão e valorização. E exemplifica: ‘Reconheça as boas ações, demonstre apreço e celebre os momentos felizes. Pequenos gestos fazem uma grande diferença. Resolução saudável de conflitos: Desentendimentos são naturais, mas abordá-los com paciência e maturidade evita ressentimentos e mantém a relação saudável. Autoconhecimento e equilíbrio: Ter clareza sobre suas próprias necessidades e emoções ajuda a cultivar relacionamentos mais autênticos e satisfatórios’’. Aqui, amigas e amigos que me leem, surge uma pergunta básica que não quer calar, qual seja, como se livrar da inveja? Aparecido Raimundo de Souza bate na tecla que ‘devemos reconhecer a inveja sem culpa, observando que todos sentimos inveja em algum momento. O primeiro passo é admitir esse sentimento sem se julgar, entendendo como uma oportunidade de crescimento. E completa: ‘Transforme a sua inveja pessoal em inspiração: Em vez de enxergar as conquistas dos outros como ameaças, procure usá-las como ‘alvo-meta’ para se esforçar mais e definir seus próprios objetivos.’’
E assevera ainda, o autor do texto de 15.04, p.p., citado no início deste texto, que devemos praticar a gratidão e nos focarmos nas coisas boas que já existem na nossa vida. Tente, ainda que aos poucos, melhorar a sua autoestima: A inveja muitas vezes nasce da insegurança’’. Euzinha iria um pouco mais longe e diria para as minhas leitoras investirem em seu autodesenvolvimento, ou, se arrojarem, sobretudo, reconhecendo as suas qualidades e habilidades. É de bom tom evitar comparações constantes, lembrando que cada pessoa tem o seu próprio ritmo e jornada. Se a gente se comparar a alguém excessivamente só teremos frustrações. Precisamos, acima de tudo, ficar focadas em nosso crescimento pessoal. Vez em sempre celebrando as conquistas dos outros, aprendendo a nos alegrarmos com o sucesso alheio. Tal ato, fortalecerá relações e reduzirá sentimentos negativos. Pratique, seja em que circunstancia for, a empatia: Tente se colocar no lugar da pessoa que você inveja. Muitas vezes, o que parece uma vida perfeita tem desafios que você não vê. Em resumo, a inveja não precisa ser algo destrutivo, pode se tornar e, de fato, se tornará numa ferramenta para impulsionar o seu próprio progresso. No mais, viva e se dê uma chance de ser feliz e fazer alguém realizado. Um final de semana feliz para todas as minhas amigas e leitoras da Grande Família ‘Cão que Fuma’.
Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, 20-4-2025
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