sábado, 9 de agosto de 2025

[Versos de través] Na partida da senhora Beatriz

Paulo Jorge Brito e Abreu

(inspirado no “Alma minha gentil que partiste”) 

Amada Beatriz, que em sua Sorte
Sofreste cá da mágoa o cruel gume,
Repousa lá no Céu, sem azedume,
E viva eu de saudades e de morte.

Se lá, no divo assento, onde és tu Norte,
Memória desta vida se presume
Tu dá-nos, lá do Céu, teu vivo lume,
E pede ao Pai que a dor, a pena corte.

E se vires que ali podes lembrar-te,
Amada Beatriz, no teu fulgor,
Dos filhos e dos netos por quem Marte

E Apolo e Vénus foram teu louvor,
Diz a Deus, diz a Deus, que Ele também parte
Quando parte uma esposa do Senhor.


Paulo Jorge Brito e Abreu

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