Hoje, a hegemonia cultural da esquerda decide quem pode
ser vítima e quem deve ser apagado
João
Maurício Brás
Uma certa esquerda justifica a morte de um jovem defensor da liberdade porque acreditava na tradição americana do porte legal de armas e na responsabilidade individual. Quem prega o ‘gun control’ mata precisamente com armas aqueles que pensam diferente. Foi assim na tentativa de homicídio de Trump e voltou a acontecer com Charlie Kirk.
A esquerda chama ‘extremistas’
às vítimas e veste-se de defensora da democracia. O que foi alvejado não foi
apenas um homem: foi a liberdade de expressão. Kirk tombou, mas o ideal não.
Charlie Kirk, jovem pai e
fundador da Turning Point USA, era uma das vozes conservadoras mais influentes
da sua geração. Transformava o clima de cancelamento e de ‘wokismo’ nas
universidades americanas. Os seus ‘podcasts’ lideravam com
mais de 750 mil descargas diárias; reunia milhões de seguidores em todas as
redes. Denunciava a hipocrisia seletiva da esquerda e devolvia aos estudantes a
coragem de pensar livremente.
A sua missão era a de um
Sócrates contemporâneo. Tal como o filósofo ateniense, foi condenado não por
crime algum, mas por questionar os dogmas ideológicos totalitários do seu
tempo. Sabia que a verdade podia custar a vida, mas não recuou. Não se escondeu,
não pediu proteção, não se calou.
Um disparo anónimo e covarde resume o nosso tempo: homens livres são caçados como inimigos a abater. Eis o futuro que o progressismo militante nos oferece: não política, mas violência; não diálogo, mas bala; não democracia, mas tirania.
E os meios de comunicação? Se
fosse um ativista progressista, veríamos diretos intermináveis e indignação
coreografada. Mas quando a vítima é conservadora, basta o rótulo
‘extrema-direita’ para justificar a morte. Prova disso: quando militantes
radicais atacaram igrejas nos EUA ou agrediram manifestantes pró-vida, as
manchetes minimizaram ou ocultaram os factos; já a morte de George Floyd
mobilizou semanas inteiras de cobertura.
Nas redes, o ódio contra
crentes, patriotas e defensores da tradição é diário e impune. Veja-se o caso
dos estudantes católicos de Covington, transformados em ‘racistas’ antes de
qualquer prova, ou as constantes ameaças a oradores conservadores em ‘campus’ universitários.
O verdadeiro discurso de ódio está neste caldo progressista que normaliza a
violência contra quem ousa pensar diferente.
Podemos discordar de Charlie
Kirk, mas vejam o que ele defendia: família, comunidade, dignidade humana,
virtude cívica, liberdade individual e de expressão. Precisamente por isso o
quiseram calar. Porque lembrava ao mundo que o bem e o mal existem, que a
verdade existe, que a liberdade exige responsabilidade.
Mas há algo que os assassinos
nunca compreenderão: as ideias não morrem a tiro. Podem abater corpos, mas não
princípios. Podem silenciar vozes, mas não a verdade. O que está a morrer não é
a liberdade, é o Ocidente – corroído pelo radicalismo progressista, pelo duplo
critério mediático e pela cobardia dos moderados.
Hoje, a hegemonia cultural da
esquerda decide quem pode ser vítima e quem deve ser apagado. É uma guerra
política e cultural. Ou reagimos, ou deixamos morrer a própria ideia de
sociedade livre sob o peso de uma moral hipócrita e seletiva.
Ben Shapiro lembrou o essencial: não basta chorar, é preciso continuar e herdar este legado e transmiti-lo aos mais novos, recusar o medo e a resignação. Mas se resistirmos, se mantivermos a verdade viva, a liberdade ainda terá futuro. Como Sócrates e Orwell nos lembram, o pensamento livre é imortal.
Título e Texto: João Maurício Brás, SOL, 16-9-2025, 10h22
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Meu Deus!
Canalhas! Mil vezes canalhas!!! Globo Lixo!!!
“A dimensão moral se esvaziou e toda a interferência na dimensão egoísta é vista como interferência inadmissível.”
“O Ocidente é hoje um hospício repleto de tribos, turbas histéricas…”
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